segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O rei das baratas


Sabe-se que, um dia, o Armagedão vai chegar. Não se trata de “se”, mas “quando”. Em forma de cometa, asteróide, raios gama, ventos solares, supervulcões ou qualquer catástrofe do género. Quando chegar (quanto mais tarde melhor...), sabemos igualmente que poucos animais irão resistir. Os ratos talvez, as baratas com toda a certeza, pois aguentam tudo, podendo inclusive sobreviver sem cabeça.

A barata é um bicho odioso. Pelo menos para mim. Sempre achei o seu aspecto repelente, o rastejar daquelas patinhas um nojo, e até quando as esmago não posso evitar um ar de enjoo com aquela porcaria viscosa colada à sola dos sapatos. Como se não bastasse, tem um atrevimento sem igual, infilitrando-se em tudo que é café, à espera de surripiarem as nossas tostas mistas e o nosso espaço. Não há insecticida que nos valha. As baratas são nojentas, mas a verdade é que sobrevivem a tudo.

No mundo das baratas vivem também os Portugueses. Por cá, 2010 teve pelo menos uma virtude – não temos de temer o Armagedão, pois já estamos a viver o dia seguinte: a dívida disparou, o desemprego subiu em flecha, o Sistema Nacional de Saúde está moribundo, com certidão de óbito passada, a Educação está uma completa bandalheira, fruto dessa enorme fraude que são as Novas Oportunidades, os salários, já de si magros, sofreram uma machadada, e, qual cereja em cima do bolo, estamos de pernas abertas face aos chineses, governados pela democracia que todos sabemos.

Em suma, os Portugueses morreram? Muitos já, restam uns quantos moribundos, que jazem, exangues, mesmo sem forças para estrebuchar. Mas há a tal barata, neste caso o rei das baratas: o Magnífico Senhor Engenheiro, capaz de sobreviver a tudo e qualquer coisa. Passa incólume por freeports, sucatas, guantanamos e quejandos. E com ele as suas baratinhas, de punho erguido, tão nojentas como ele. Meus amigos, Portugal, depois do Armagedão, está entregue à bicharada. Resta-nos esperar que, em 2011, alguém invente um Sheltox capaz de exterminar esta nojice.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Grande hipócrita!


Primeiro que tudo entendamo-nos – nunca morri de amores por Cavaco Silva. Não é simpático, tão-pouco carismático e as suas teses liberalistas irritam-me. O que não me impede de reconhecer que o tenho como um homem sério e alguém sinceramente preocupado com o seu país.

Vem tudo isto a propósito de alguém que dá pelo nome de Manuel Alegre, que veio a terreiro proclamar alto e bom som que nunca deu o seu nome à PIDE a atestar o seu bom comportamento. Queria ele insinuar as porventura estreitas ligações de Cavaco à polícia política salazarista.

Pois não, Manuel Alegre. De facto não deu. É que enquanto Cavaco Silva cumpria o dever para com a Pátria, arriscando a vida na guerra colonial enquanto oficial miliciano, o senhor andava em Argel, como bom desertor que era, a apelar à morte dos nossos soldados que combatiam em África. Percebeu a diferença ou quer que volte a explicar?...

Diz ainda o senhor, Manuel Alegre, insigne poeta da esquerda caviar, que vai defender com unhas e dentes o Estado social. Qual? O principal responsável pela situação deste país? Vai defender o quê? A continuação da atribuição de subsídios a quem nada faz?...

Ou, senhor Manuel Alegre, vai continuar a defender a política laboral deste país? A mesma que afasta todos os investidores porque, em Portugal, direitos só têm os assalariados, porque aos patrões só compete pagar.

Senhor Manuel Alegre, eu, e muitos como eu, estamos fartos de canalhas como o senhor. Tenha vergonha na cara. Vá defender as suas teorias para a Coreia do Norte, para a China, ou, se gostar de calorzinho, vá para Cuba ter com o amigo Fidel. Faça-nos um favor – não atrapalhe. Deixe os Portugueses trabalhar para voltar a arranjar aquilo que vocês estragaram.

Ou então seja homenzinho e leve à prática aquilo que apregoa - prescinda de uma pequena parcela das suas múltiplas (e gordas...) reformas e distribua esse dinheiro pelos parasitas que diz defender.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Sonho de uma noite de Verão


Vivo num País fantástico. No melhor País do Mundo. Chama-se Portugal e tem uma História fabulosa. Povo de mercadores e de comerciantes, Portugal arrecadou uma riqueza sem par. Primeiro na Índia, depois no Brasil e finalmente em África. Somos o País mais desenvolvido do Mundo. A seguir vem a Noruega, mas a grande distância.

Fazemos parte da União Europeia, onde ombreamos com países com uma dimensão geográfica e demográfica superiores, casos da Alemanha, da França, do Reino Unido, de Itália e dos nossos vizinhos espanhóis. Somos uma espécie de cofre-forte da Europa, um pouco à semelhança da Suíça, embora esta seja uma imagem pálida, pois aqui há muito mais reservas de ouro e monetárias.

Temos o melhor sistema de Saúde e de Educação do Mundo, a nossa Justiça é referenciada em todo o Mundo e as nossas Forças Armadas estão equipadas com o melhor que há. O índice de desemprego é de 4%, o que significa que só não trabalha quem não quer, mas mesmos estes têm direito a um salário do Estado para levar uma vida digna.

A reforma dos Portugueses é aos 55 anos. Em princípio não há casas particulares – são todas do Estado, que as cede mediante o pagamento de uma renda e que transitam para o arrendatário ao fim de 25 anos. O salário mínimo é de dois mil euros e a taxa de inflação é de 0%.

Todo este bem-estar é fruto de gerações de trabalho sério da classe política, que aliás é paga para fazer isso mesmo – gerir bem o dinheiro do contribuinte. São raríssimos os casos de corrupção e, quando detectados, são punidos de forma exemplar. Por isso é que o País funciona tão bem.

Bom, depois acordei. E percebi. Tinha sido um sonho e nem sequer era Verão. Estava mesmo um frio do caraças. Fui à janela e vi as pessoas na rua, com medo da chuva e do vento. Encolhi os ombros e voltei à realidade. Portugal, um País de bananas governado por sacanas. D. Carlos dixit. E com toda a razão.

domingo, 7 de novembro de 2010

Mas qual responsabilização?...


Acho imensa piada à nossa dita democracia. Num jantar-comício em Viana do Castelo, o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, teve a veleidade de defender a responsabilização civil e criminal para quem não cumpra o orçamento e para quem contribua para os maus resultados da economia portuguesa. Dito de outra maneira: quem desbarata dinheiros públicos ou paga ou vai dentro. Caiu o Carmo e a Trindade, pois então!

Logo após as declarações de Passos Coelho, o braço armado do PS veio a terreiro dizer que era só que faltava. Então nós, os xuxialistas, eleitos democraticamente, tínhamos de prestar contas pelos dinheiros dos contribuintes? Jamais! Isso seria uma coisa nunca vista em estados de direito. Pois bem, com a mesma velocidade com que surgiu, a notícia assim desapareceu.

Pois é, espantosamente, ou não, a sugestão de Passos Coelho esfumou-se mais depressa que um flato. A razão? Simples – os xuxas controlam com mão firme a Comunicação Social. Jornalista que os tente contrariar vai direitinho para o desemprego. Logo a solução é simples: comer e calar. Rica democracia, não há dúvida...

Mas por que razão é que esta escumalha não há-de ser responsabilizada e, se for caso disso, metida na grelha? Quem gere dinheiros alheios tem de responder pelos mesmos. Ou não? Claro que não! Pelo menos nesta república das bananas! Que prossiga o regabofe!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Voto de desconfiança


Trinta e seis anos após o 25 de Abril, sonho que se transformou em pesadelo, creio que se pode fazer, com segurança, um balanço histórico relativamente ao papel representado pelos principais partidos da vida política Portuguesa.

Antes de mais, tal como já escrevi aqui várias vezes, é imperioso, por uma questão de honestidade intelectual, dizer que se houve partido com que sempre simpatizei foi o Socialista. Depois passei a dar-lhe simplesmente o benefício da dúvida. Nos últimos anos, vi que estava redondamente enganado.

Vamos então por partes. Consideremos, como principais partidos políticos desde o 25 de Abril, o PS, o PSD, o PCP, o CDS e, mais recentemente, o Bloco de Esquerda. Permitam-me que dê de barato que movimentos como o PRD ou o MDP/CDE ou foram efémeros ou eram, no caso do segundo, uma simples correia de transmissão.

Vou então fazer uma breve análise ao que considero ser a actuação política dos partidos à esquerda do PS. No caso do Bloco, se é verdade que ainda atrai uma franja da população jovem seduzida por quimeras, creio ser um movimento que merece zero de credibilidade. Para mim, não passa de gente que só critica e não apresenta quaisquer soluções. Em suma, esquerda caviar e um partido condenado a desaparecer a curto prazo.

No que se refere aos comunistas, a questão é um pouco mais complexa. Acredito que existe no partido gente bem intencionada e que ainda acredita nos amanhãs que cantam. Esses, porém, ou estão encostados, ou são idiotas úteis ou então são renovadores. O mesmo é dizer que foram expulsos.

Para mim, a história do PC em Portugal é por de mais sinistra. Líderes como Álvaro Cunhal não me merecem qualquer respeito. Considero mesmo que quer o partido quer os seus principais responsáveis prestaram um péssimo serviço a Portugal, contribuindo em primeira mão para sucessivos períodos de instabilidade política e social. Afinal, nada de surpreendente, pois é para isso que os movimentos estalinistas (enquanto Oposição) existem.

Saltemos então para os partidos de Poder, os quais vou pôr no mesmo poleiro – PS e PSD lado a lado. Tudo simples, tudo claro. Na maioria dos casos, gente com fome que, fruto da jogatana política, se tornou milionária. Apenas meia dúzia de nomes: Cavaco Silva, Dias Loureiro, Durão Barroso, Jorge Coelho, Mário Soares, António Guterres e José Sócrates.

Sob a liderança dessa dicotomia centralista, Portugal bateu recordes atrás de recordes – as maiores assimetrias sociais na Europa; uma dívida astronómica e galopante; uma economia arrasada; uma taxa de desemprego avassaladora; uma Função Pública que engole tudo em seu redor; dois milhões de pessoas na miséria, que apenas sobrevivem graças à ajuda do Estado.

Então afinal que conclusão retiro? Uma, que me é dada por um balanço histórico – o CDS foi o único partido que se portou de forma decente após o 25 de Abril. Bateu o pé a uma Constituição miserável e supostamente progressista; lutou contra liberdades excessivas que fariam o Poder cair na rua; não se conhecem casos de enriquecimento ilícito; não hesita em proclamar, alto e bom som, que importa defender a classe média, Portugal e os Portugueses, mesmo que isso custe votos ao partido, injustamente acusado de racismo e um nacionalismo balofo.

Este breve balanço permitiu-me assim chegar à conclusão que o CDS, que é muito mais que Paulo Portas, é o único partido que ainda defende os valores por que sempre propugnei – a Justiça, a Honra, a Dignidade, a Seriedade, a Verdade. Força. Em frente, Portugal!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

... e o burro sou eu?...


Nem tudo são más notícias em Portugal. Longe disso. Em Proença-a-Nova, por exemplo, os burros e as galinhas passaram a estar muito mais descansados desde que souberam que Jaime do Ó já era.

Expliquemo-nos. Jaime, um coveiro reformado de 70 anos, tinha o estranho hábito de importunar os bichos. Digamos que os deixava com um grande ó nas partes traseiras. Sabe-se que o vício foi adquirido durante os anos em que trabalhou em Lisboa, o que não admira, sabido que é que por ali abundam galinhas e burros, especialmente nas cercanias de São Bento. Como é terra de marinheiros de água doce, também não falta bicharada que confunde a proa com a ré.

Acontece porém que quando Jaime regressou à sua terra natal para gozar uma merecida reforma, as gentes locais, povo do interior, não acharam grande graça a tais artes de marinharia.

Em Proença-a-Nova, não havia bicho que escapasse ao senhor Ó, o que lhe valeu, inclusive, o apelido de Jaime Ovelha. O pior foi mesmo quando os galinheiros começaram a fechar, numa acção de protesto levada a cabo por galos enciumados por verem as suas galinhas com um andar novo.

Devido à falta de galinhas e reduzido aos burros, Jaime do Ó voltou-se para as velhinhas, tendo estado preso depois de ter sido apanhado a violar uma senhora de 90 anos.

Depois de sair da cadeia, Jaime optou, por uma questão de cautela, por se dedicar apenas aos burros. Ora acontece que um dos proprietários dos animais não achou graça nenhuma ao ver o seu bicho com a marca do Ó. Vai daí, decidiu aplicar-lhe a mesma receita,o que acabou por lhe causar a morte.

Moral da história: se o senhor Jaime tivesse ficado pela capital, teria levado uma reforma tranquila e continuaria a deixar a sua marca nos burros que por ali pastam e que muito apreciam a marca do Ó. Em vez disso, jaz agora em Proença-a-Nova e as galinhas cagam-lhe em cima.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Uma vara de crápulas


Confesso que, não obstante as minhas mais de duas dezenas de anos de Jornalismo, houve um defeito que nunca perdi – começar um texto pelo título. Enfim, cada um é como é e a cão velho não se ensinam truques novos. No caso deste textículo, estarão vocês a perguntar: e por que não uma vara de porcos? Ora, porque uma vara já é de porcos e eu até simpatizo com os bichos, especialmente quando os vejo na grelha. Bom, já chega de trocadilhos de varas, porcos e grelhas. Fiquemo-nos pelos crápulas.

Ontem, terça-feira, os crápulas voltaram a atacar. Com Portugal numa situação miserável, com dois milhões de pobres e outros tantos a caminho, os barões do PS e do PSD não chegaram a entendimento sobre o Orçamento por uns miseráveis 230 milhões de euros, 46 milhões de contos em moeda antiga. Em virtude dessa posição, como consequência imediata, as empresas portuguesas perderam, em Bolsa, qualquer coisa como 800 milhões. Mas há pior: a taxa da dívida disparou, o que acarretará prejuízos colossais.

Quer dizer, não chegaram a acordo por 230 milhões, mas obrigaram-nos a perder milhares de milhões, que vão ser pagos por todos. Os barões socialistas e social-democratas não sabiam que a sua recusa, a sua teimosia, os seus joguinhos politiqueiros, a sua estupidez, teria consequências muito graves para o País? Claro que sabiam. Mas também sabem que são impunes, que podem fazer o que lhes der na veneta porque Portugal, infelizmente, vive num regime completamente mexicanizado, de alternância de Poder entre PS e PSD.

Ontem, terça-feira, socialistas e social-democratas cometeram um erro crasso. Estavam seguros da sua impunidade e enganaram-se. Ou ainda não perceberam que o simpático povinho Português afinal não é assim tão bonzinho? Não viram, ou não quiseram ver, os chefes da Armada, da Força Aérea e do Exército a assistirem fardados, no Parlamento, ao debate sobre o Orçamento? Devem andar mesmo muito distraídos. Se um dia destes derem por eles no Campo Pequeno não se admirem que eu também não.

Podem agitar o que quiserem o fantasma da União Europeia, dizer que se sairmos é o caos, mas o Povo já percebeu que estão a brincar. Mas qual caos? Pior do que estamos? E antigamente não vivíamos? Vivíamos, sim senhor. E já agora bem melhor. Se quiserem continuar assim, se quiserem dar cabo da democracia, que estejam à vontade que eu também estou. E se estão a contar com a Polícia, desiludam-se. Que eles estão tão fartos de os ver engordar como eu.

domingo, 3 de outubro de 2010

Quando vamos acordar?


Portugal continua a brincar. E os Portugueses assistem, impávidos e serenos, às sucessivas patifarias que uma classe política miserável continua a praticar, impune e a seu bel-prazer. Vem isto a propósito das recentes medidas anunciadas pelo Senhor Engenheiro para, segundo ele, salvar o País. Falso. Vamos ver porquê.

Apesar de serem medidas fortes – designadamente o aumento do IVA e os cortes salariais na Função Pública -, são ainda claramente insuficientes. E porquê? Porque Portugal depara-se, essencialmente, com dois enormes problemas: o Estado tem de ter dinheiro para honrar os seus compromissos e fazer investimentos imprescindíveis; e torna-se mais que necessário sanear as finanças da Segurança Social, de forma a que todos os que descontaram tenham direito à sua reforma.

É evidente que os políticos sabem o que é necessário fazer para salvar o País. Contudo, se o partido do Poder (chame-se PS ou PSD) o fizer sabe que irá perder as próximas eleições. Conclusão? Não querem saber do País, mas sim dos tachos, tachinhos e tachões a que estão agarrados. Mas isso todos sabemos. Vejamos então que seria necessário fazer.

Da totalidade das receitas do Estado, um pouco mais de 70% destina-se a pagar os ordenados dos mais de 700 mil funcionários públicos. E então que dinheiro sobra para pagar o serviço de dívida? Pouco. E para investir? Nada! Pois é, meus amigos. A única, repito, a única, forma de o Estado Português ser exequível consiste em despedir um terço dos funcionários públicos, isto é, cerca de 230 mil pessoas.

É tal medida possível? É, basta quererem. Se esse passo fosse dado haveria um grande impacto social? Sim, bastante considerável, pois a taxa de desemprego iria disparar. Contudo, as finanças Portuguesas seriam finalmente saneadas. Pagar-se-ia o serviço de dívida (isto é, os juros), a própria dívida poderia ser amortizada e paga num período de 10 anos e, mais importante que tudo, haveria dinheiro para investimentos, o que iria criar dezenas de milhar de postos de trabalho.

E no que diz respeito à Segurança Social? Que fazer para sanear as finanças e assegurar as nossas reformas? Aqui a questão é mais simples. Ou não, porque mexe com interesses de gente poderosa. Bastariam duas medidas muito simples: ninguém, absolutamente ninguém, poderia ter mais que uma reforma; por outro lado, teria de se impor um tecto – o montante de 2.500 euros seria mais do que razoável. É possível? É, basta quererem.

Mas não se aflijam. Dentro de seis meses, cá estará de novo o Senhor Engenheiro a anunciar mais medidas suplementares para, supostamente, salvar o País. Alguém quer apostar?...

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Timor compra EDP


Sinceramente já nem sei o que pensar. Depois de ver os angolanos a deverem-nos uma fortuna e a comprarem este mundo e o outro em Portugal, agora chegou a vez do povo mais miserável que já vi na Terra – os timorenses. Sim, leram bem – os timorenses.

Pois é. Depois de mandarmos para lá centenas de milhões de euros – quer em ajuda directa, quer a pagar salários das nossas forças de segurança para impedir que os tipos cortassem as cabeças uns aos outros -, eis que surge agora o senhor presidente Ramos-Horta (nunca gostei deste gajo, embora ache muita piada ao hífen do apelido...) a dizer que está disposto a investir 4,4 mil milhões em acções da EDP.

Devido ao facto de nadarem em petróleo (não têm água, mas têm petróleo...), os timorenses são donos de um fundo multimilionário, pagos pelos “amigos” australianos, que lhes atiram migalhas enquanto exploram o “ouro negro”, um pouco à semelhança do que os americanos e franceses fazem com o petróleo de Angola.

Mas agora pergunto eu – se esses gajos nadam em dinheiro por que razão não pagam o que devem? E ainda têm a lata de vir cá comprar o que lhes dá na real gana? E ninguém diz nada? Fica tudo calado?...

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Agora é demasiado tarde

E pronto, meus amigos, está feito. Portugal já era. Há um ano, tudo ainda seria possível, mas agora não. E o que era tudo? Simples – tomar o pulso ao País, fazer o diagnóstico e passar a receita. E qual era? Face à situação, de profunda debilidade das nossas finanças públicas, só poderia ser uma: uma dieta rigorosa.

Mas não. Não, senhor. Qual doente com o colesterol na faixa dos 300, sabendo que não pode comer nem mais uma pitada de sal, de fritos e gorduras, Portugal fez exactamente o oposto – lançou-se para a tasca mais próxima e enfardou-se em couratos, bifanas, panadinhos e quejandos. Muito espertos, não há dúvida.

E agora? Agora, meus caros, a verdade é que estamos às portas da morte e precisamos de ser internados. O médico chama-se FMI e, já se sabe, é um tipo sem sentido de humor. Vamos ficar no hospital muito tempo, a pão e água e sopas sensaboronas. Se não obedecermos às ordens do doutor, a alternativa é simples – o cemitério, numa qualquer campa rasa e sem lápide, pois não merecemos outra coisa.

Todos sabemos que Portugal poderia ser um País fantástico. Mas não é. E não é porquê? Primeiro porque tivemos a desgraça de D. Teresa parir um arruaceiro chamado Afonso Henriques, de tão má raça que até os Espanhóis se piraram e este quintal mal amanhado ficou entregue à bicharada.

Depois porque conquistámos meio Mundo e toda a gente deixou de trabalhar, a pensar que ia ficar tudo rico. Como se não bastasse, um rei estúpido, de seu nome Manuel, deu-lhe na veneta para expulsar os judeus, os únicos gajos que tinham jeito para administrar a extraordinária quantidade de riquezas que cá chegava, roubada aqui e acolá.

Finalmente tivemos o ouro e as esmeraldas do Brasil, uma riqueza sem fim, que apenas serviu para que a padralhada erguesse igrejas com pináculos imensos, inversamente proporcionais às erecções que não tinham. E depois África, de onde não tiramos quaisquer dividendos e nos afogamos, em sangue e dinheiro, na guerra mais estúpida da nossa História.

Pensou-se que estava tudo acabado. Mas não. Vieram rios de guito de Bruxelas - marcos, francos, libras. E para quê? Para ser tudo esbanjado por um gordo palermóide chamado António Guterres. E depois veio o Génio. O mais-que-tudo Senhor Engenheiro. O homem que faz estremecer as donas de casa com o seu ar grisalho de Mister Clean e modos abichanados.

E pronto, amigos. Ou vamos arranjar outro maná, e depressinha, ou bora fazer a mala e toca para o hospital comer sopinhas desenchabidas. Por mim, rezo para que a gente não descubra petróleo ao largo de Peniche. Não vá vir por aí mais um arruaceiro, um rei estúpido, um padre pederasta ou, pior ainda, um qualquer primeiro-ministro rabeta tirado da gaveta pelos xuxialistas...

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Espiões vão para a guerra


Quando era miúdo, fartava-me de rir com aquela rábula do Solnado a propósito da guerra, principalmente quando ele dizia que batia à porta da guerra e lhe diziam que aquilo estava fechado e teria de voltar mais tarde.

Finalmente admitido, Solnado, devido à falta de balas, foi obrigado a fazer a guerra com supositórios, o que devia meter um medo sem par ao inimigo. Quarenta anos depois, os portugueses voltaram à guerra, desta vez sem supositórios mas com algo muito pior – os nossos perigosíssimos espiões.

É suposto que ninguém saiba onde estão ou o que espiam os espiões, de forma a que a segurança destes seja salvaguardada. Mas isso não se aplica aos nossos espiões, não senhor. Os rapazes do SIS e do SIM são tão bons, mas tão bons, que o ministro da Defesa, o impagável Santos Silva, espalhou aos quatro ventos que a rapaziada, farta de tanto espiar o pessoal da Cova da Moura e só ver escuridão, vai agora para o Líbano e para o Afeganistão.

A esta hora, já se sabe, o pessoal da Hezbollah e da al-Qaeda está a tremer de medo. Corre o rumor, inclusive, que o próprio Bin Laden está a equacionar a hipótese de finalmente se entregar aos americanos só para não ter de enfrentar os super-espiões do SIS.

O Pentágono, aliás, recebeu um pedido de rendição formal dos talibans, aterrados com a possibilidade de enfrentarem os espiões que destroçaram a Intersindical. Robert Gates, secretário da Defesa dos EUA, já enviou os parabéns a Santos Silva pela ideia que este teve em divulgar qual a futura missão dos nossos valentes rapazes. Sabe-se que o próprio tio Obama espera a qualquer momento um telefonema do presidente iraniano a dizer que vai desistir do seu programa nuclear.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Um País de cobardes


Este ano, por razões de ordem económica (maldita crise!...) e pessoais, prescindi da estadia que por norma passo no Algarve. Vim passar umas semanas a Lisboa, cidade que adoro desde que me conheço e que me traz à memória as longas temporadas passadas em casa da minha querida avó, na Ajuda, e os tempos em que vivi no Lumiar, durante a tropa.

Devido ao facto de os meus sogros residirem na marginal de Oeiras, a dois passos de Lisboa, venho aqui com alguma frequência, por razões óbvias. Creio que posso dizer que conheço relativamente bem a capital, desde Algés à Expo, do Rossio ao Campo Grande. Pelos motivos expostos, já passarinhei também por muitas das áreas circundantes da capital.

Vem tudo isto a propósito de não me acusarem de provinciano ou de saloio pelo que vou dizer. Lisboa é, sempre foi, uma cidade onde me habituei a ver muitos africanos. Na minha meninice, achava-lhes piada ao colorido, ao exotismo, mas também à educação e ao facto de serem gente trabalhadora.

Pois bem, os negros que eu conheci ou morreram ou estão velhos. Os que restam ou são filhos ou netos dessa gente que aprendi a respeitar como iguais. E o que resta, meus amigos, é porcaria. E porcaria aos montes. Gente mal-educada, intimidatória, agressiva e que, pasme-se!, recusa falar Português e fala crioulo entre si. Sinal de afirmação, dizem eles. Uma vergonha, digo eu. Por toda a Europa, nos Estados Unidos e na Austrália, ou seja no mundo civilizado, diferentes governos adoptaram uma medida muito simples - ou falam a língua do país que os acolheu ou rua. Acho bem. Quem está mal que se mude e vá para onde veio ou onde deseja ir.

Os bairros circundantes de Lisboa são um pavor. Em nenhum lado se esconde o ódio ao branco. Ao tuga, dizem eles. Violência e mais violência. Ali a Polícia não entra ou se entra é corrida a tiro. Nos comboios das linhas de Sintra e Cascais, a única forma de os passageiros se sentirem seguros é serem escoltados por agentes da Polícia de Intervenção. Nas praias o cenário é igual - multidões de negros na areia, Polícia de Choque nos acessos. Mas que País é este? Agora temos medo de pisar o que é nosso?

Este País chama-se Portugal. É branco e católico. Aqui fala-se Português. É assim que somos há 887 anos. Tudo o resto são convidados. E estes, como todos os convidados, têm de se portar na linha. Quem não o fizer, o caminho é muito simples - rua! E agora podem chamar-me racista à vontade. Ao menos digo em voz alta aquilo que todos pensam. Mas que raio de coisa! Se os indianos se portam bem, os chineses são impecáveis, os eslavos também, quem é que esta gentalha julga que é? Ponham-nos na ordem, porra!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Por favor, matem o polvo!


Leio nos jornais que, se não existissem apoios sociais, metade da população portuguesa estaria na pobreza. Ou seja, viveria com menos de 400 euros por mês. Vamos ser sérios. Fizeram o 25 de Abril para quê? Para isto?...

Portugal sob Salazar era um país onde valia a pena viver? Não. Ponto. Toda a gente estava enjoada daquela brigada do reumático, da falta de liberdade para escrever textos como este, da guerra colonial e de coisas do género.

A pobreza sob Salazar era confrangedora? Era. Doía. Mais de metade da população vivia em condições miseráveis e o analfabetismo era endémico. É verdade que existia uma classe média relativamente forte, na qual aliás se apoiava o regime.

Vamos ver. Se as manchas de pobreza salazaristas eram enormes, se existia analfabetismo galopante e uma guerra que roubava a juventude aos nossos rapazes, valeu a pena fazer o 25 de Abril? Valeu.

A Revolução dos Cravos foi linda. Uma quimera onde cabiam todos os amanhãs. O problema não foi o 25 de Abril, mas o que se lhe seguiu, tal como aliás Marcelo Caetano e Spínola temiam – o poder caiu na rua e foi um fartar-vilanagem de uma nova classe política que mais não fez do que encher os bolsos à custa de Bruxelas e, claro está, de uma classe média que foi pura e simplesmente desmantelada.

Todos conhecemos exemplos deste ou daquele político que enriqueceu fruto das manigâncias que o poder permitiu. Esse mesmo poder que resultou da dualidade PS-PSD e que se transformou numa progressiva mexicanização – o polvo (não, não é o Paul…) cresceu, tornou-se um monstro e os seus tentáculos abraçaram o país.

PS e PSD fizeram crer que para além deles era o caos. O povo acreditou. Até com alguma razão, diga-se. Qual a alternativa? O PC? O Bloco? O CDS? Por favor, não me façam rir.

Ano após ano, a nossa economia foi sendo torpedeada – a agricultura, as pescas e a indústria caíram nas mãos da Banca. Quanto à classe política, essa, foi regiamente paga para fechar os olhos a esse crime capital: a finança, mero instrumento da economia, passou a ditar as regras do jogo. Resultado: uma catástrofe anunciada.

Hoje, em pleno naufrágio, Portugal precisa de um Governo de união nacional. Os tempos são graves e há que deitar mão ao que for possível salvar para tornar a pôr isto nos eixos. Não vai ser fácil e vai doer. Infelizmente, Manuela Ferreira Leite pode vir a ter razão – poderá ser necessário suspender a democracia. E Portas também tem – PS, PSD e CDS devem entender-se. A menos que queiram os militares novamente na rua. Mas desta vez com sangue.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Ensaio sobre os parasitas


Sempre considerei que Portugal tem uma tendência mórbida para o fatalismo. Isto aplica-se em tudo, inclusive na política. Nos últimos 100 anos, o nosso País sofreu de dois cancros que não nos mataram, é verdade, mas deixaram feridas profundas a nível social. O primeiro foi Salazar; o segundo foi o Partido Comunista. Duas faces da mesma moeda. Um era corporativista-fascista; os outros são estalinistas.

De Salazar já se disse tudo, ou quase – consolidou a ditadura saída do 28 de Maio de 1926, condenou Portugal ao atraso sócio-económico e ao ostracismo internacional durante décadas, foi, enfim, o principal culpado desse crime sem nome que designamos por Guerra Colonial.

Quanto aos comunistas, doravante designados por estalinistas do PCP (porque é isso que eles são), foram responsáveis pelas nacionalizações, pela fuga dos investidores, pela defesa dos laxistas, taxistas, e demais chulos e preguiçosos que ainda hoje proliferam na sociedade Portuguesa, acolitados pelos aprendizes de feiticeiros saídos das fileiras do soarismo, do guterrismo e, nos nossos dias, do socratismo.

Os Portugueses queixam-se do desemprego? Primeiro, aprendam de vez uma coisa – não há mais empregos, mas sim trabalho! Dói, não é? Mas é assim mesmo. Empregos só na Função Pública, mas mesmos antes têm os dias contados, porque se quisermos sobreviver enquanto País teremos de despedir (assim mesmo, despedir…) pelo menos metade dos que não fazem nenhum.

Segundo, as medidas supostamente em defesa dos trabalhadores conquistadas(?) por comunistas e quejandos afugentaram os investidores. Quer dizer, sem patrõezinhos no money, no fun… É triste? Mas é a vida. Querem ficar com os postos de trabalho dos que nada fazem e com todas as regalias conquistadas? É fácil: vai tudo à falência. Ou melhor, o que resta…

Vem tudo isto a propósito da morte de José Saramago. Um grande escritor, sem dúvida, do melhor que temos e tivemos. Mas um homem execrável, como bom estalinista que era. Quando, em Abril de 74, foi alcandorado ao posto de director adjunto do “Diário de Notícias”, proclamou alto e bom som: “Quem não está com a Revolução, rua!”. Resultado, até as senhoras de limpeza tiveram processos disciplinares.

E depois fizeram-lhe um funeral lindo. Sim, senhor. Fiquei muito comovido. Estava lá toda a merda, perdão, toda a Esquerda que conduziu este País à ruína. E ficaram muito ofendidos pelo presidente da República não ter posto lá os pés. Tenham juízo, canalha! Ainda não perceberam que Portugal está farto dos vossas supostos ideiais, que mais não são do que a defesa de chulos e parasitas?...

Ainda não descobriram que o Povo Português já sabe que foram vocês, sim, vocês, que hipotecaram o futuro da nossa juventude? Enquanto uns (ainda) tentam evitar que Portugal se afunde no atoleiro em que caiu, os esquerdelhos insistem no despesismo, nos protestos, nos amanhãs que cantam, na defesa dos parasitas, dos marginais que traficam droga e levam aos 1.500 euros todos os meses para casa para que os filhos, coitadinhos, não passem necessidades.

E continuam a cantar: “Obrigado, Saramago!”. Mas obrigado porquê?...

terça-feira, 15 de junho de 2010

Queirós para a rua, já!


Há muito que aprendi que ser um bom sargento não significa ser um bom oficial. Vem isto a propósito de Carlos Queirós, o mister da selecção do nosso descontentamento. Já vi a equipa da Quinas ser orientada por nomes assim um bocado a atirar para treinadores do Leixões, mas nunca, repito, nunca, assisti a um espectáculo tão confrangedor como o Portugal-Costa do Marfim.

Queirós levou um baile de Eriksson e foi o único que não percebeu. Claramente incapaz de organizar um “onze”, de formar uma equipa, de ler o jogo, o mister só merece uma coisa: a porta da rua. Sou dos entendem que pode ser um excelente adjunto, ou mesmo director técnico, mas não tem capacidade para treinar nem o Passarinhos da Ribeira.

O Mundial é, hoje, uma montra que em muito transcende o futebol. É muito mais que isso – é uma mostra representativa da capacidade de um país, da sua organização, da sua vontade, da sua garra, da sua valia. Nomearem Queirós para treinador da Selecção é exactamente a mesma coisa que me darem um Stradivirius e porem-me a tocar Sibelius, a mim, que não sei uma nota e continuo a achar que um violino é um qualquer instrumento decorativo para pendurar na parede.

Queirós está para o futebol como eu estou para a música. Estou convencido que se o nomeassem realizador de cinema e lhe dessem Robert De Niro, Al Pacino e Dustin Hofman, o tipo faria semelhante porcaria que até os filmes do João César Monteiro teriam mais espectadores.

Por favor não brinquem com o Mundial. É uma oportunidade única e estamos a fazer, mais uma vez, figura de imbecis. O futebol não é hoje, como diria Jorge Luís Borges, onze rapazes de calções contra onze rapazes de calções a correr atrás de uma bola. É muito mais do que isso. É a imagem de um país.

domingo, 13 de junho de 2010

Deutschland erwacht!


Aqui há uns bons 70 anos, ainda andava eu a passear nos tim-tins do meu papá, um dos maiores patifes que esta Terra já conheceu, o tio Adolfo, lançou o Mundo no inferno porque, dizia ele, queria purificar a raça.

Bom, antes de mais, entendamo-nos. Racistas todos somos. Eu também. Não contra a cor da pele, mas contra a estupidez ou a maldade. Não gosto de pessoas estúpidas ou más e pronto. Aí sou racista. Por exemplo, não gosto do tio Adolfo (como não gosto do tio José, já agora…).

Pois é. Com essa coisa de purificar a raça, o tio Adolfo causou 70 milhões de mortos, um décimo dos quais foram alemães, que queriam ser todos altos, loiros e de olhos azuis.

Setenta anos depois, eis que aos 70 minutos (um minuto por cada milhão de mortos….) do jogo Alemanha-Austrália entra na Manschaft um tipo alto, preto e de olhos escuros. De seu nome Cacau. Marcou um golo e tudo. Gostaste, tio Adolfo? Diz lá outra vez Deutschland erwacht!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Um patife a menos!


Nunca fui, nem sou, nem serei daqueles que passam uma esponja sobre tudo apenas pelo simples facto de quem praticou esse tudo morreu. Acaba de falecer aquele que, para mim e muitos Portugueses, era um dos maiores patifes deste País – Rosa Coutinho de seu nome, almirante sabe-se lá por que carga de água.

Alcandorado ao posto de governador de Angola pelo PCP de Álvaro Cunhal, com o intuito claro de tudo fazer para que o Poder fosse entregue aos comunistas locais, Rosa Coutinho fez o possível e o impossível para agradar aos seus mestres de Moscovo, em claro prejuízo do povo Angolano, brancos e negros, todos então Portugueses.

Foi Rosa Coutinho quem, com as suas acções desmedidas e partidárias, semeou a discórdia entre os diversos movimentos de libertação Angolanos. Mais: permitiu que o Poder caísse na rua e nada fez para acautelar os legítimos interesses das centenas de milhar de Portugueses que tinham suado as estopinhas para tornar Angola um exemplo de desenvolvimento para todo o continente africano.

Uma das principais medidas tomadas pelo Almirante Vermelho foi mandar desarmar os civis Portugueses, deixando-os impotentes, à mercê do caos em que Angola mergulhou. Como governador, deu ordens rigorosas à tropa para que nada fosse feito em defesa fosse de quem fosse. À noite, cobarde que era, dormia o sono dos justos numa fragata ancorada ao largo de Luanda, enquanto a cidade e todo o País eram palco de horrores.

Para mim, Rosa Coutinho foi o principal responsável pela morte de milhões de pessoas, brancos, negros e mestiços. Só tenho um desejo – que pague noutro mundo o que neste não lhe cobraram.

sábado, 29 de maio de 2010

Continhas fáceis de fazer



O projecto do TGV (Lisboa-Madrid) vai custar, dizem eles, seis mil milhões de euros ao Estado Português. Ora sabendo nós como as coisas são, irá custar pelo menos 12 mil milhões, a que teremos de acrescentar mais uns pozinhos pela terceira travessia sobre o Tejo. Mas pronto, fiquemo-nos pela dúzia que é mais barato. Agora vejamos.

O Chefe garante que o TGV vai criar 36 mil postos de trabalho. Mentira! Quando muito criará um terço desse número. E já é uma perspectiva optimista. Ora se foram criados 10 mil postos de trabalho isso significa que cada empregozinho irá ficar pela bagatela de 1,2 milhões de euros.

Desculpem, estão a brincar comigo ou quê?... Mais de um milhão de euros para criar um posto de trabalho? Mas estamos todos parvos? Qualquer merceeiro com um mínimo de experiência na área empresarial sabe perfeitamente que é mais do que viável criar um posto de trabalho com 50 mil euros! Seja no comércio, na indústria ou no sector primário.

Ou seja, com 12 mil milhões, desde que fossem parar às mãos de empresários responsáveis, criar-se-iam 240 mil postos de trabalho! Basta fazer as contas. Mas não. Neste País de nacional-bandalheira vai gastar-se o que temos e o que não temos para criar 10 mil postos de trabalho. Bravo. Parabéns, Chefe, a sério. O senhor é uma tola como não há outra.

O TGV será, de facto, uma obra de imensa utilidade. Já estou a ver os Portugueses com o rabinho refastelado a caminho de Madrid. O Santiago Bernabéu vai encher-se de bandeirinhas vermelhas e verdes para aplaudir o Ronaldo e o Mourinho. Claro que vai. Pelo menos para quem tiver 500 euros para o fazer.

Quanto ao resto, é melhor nem falarmos. Continua o regabofe. Certamente para assinalar o 28 de Maio, só no Gabinete do Chefe foram admitidos 12 novos motoristas. Pagos a peso de ouro, claro. Mas como é que querem ser credíveis lá fora com esta palhaçada? Ainda não perceberam que a credibilidade é, hoje como ontem, um valor inestimável?...

domingo, 23 de maio de 2010

Tadinha da Bruna...


Num país que tem um Parlamento enxameado de rabicholas, pedófilos e quejandos, a hipocrisia não tem limites. Atão não é que Bruna Real, uma professora de 27 anos boa como a milhaça, foi afastada do ensino pela Câmara de Mirandela, que considerou impróprio que a rapariga posasse nua para a Playboy?

Para gáudio das Mães de Bragança, as tais que ficaram todas contentinhas quando correram com as brasileiras do distrito (suas desgraçadas!, isso não se faz…) e de todas as catequistas, santinhas e demais alminhas que andam por aí a bater com a mão no peito e que à noite sonham ser violadas pelos gajos das obras, o mal foi cortado pela raiz – proibiram a Bruninha da docência de enriquecimento curricular da escola de D. Chama.

O que a Bruninha fez (em boa hora) foi aceitar o guito que a Playboy lhe pagou para tirar umas fotos inocentes. Deus a abençoe! O pessoal agradece… mas em Torre D. Chama não. Não, senhor. Era só o que faltava a rapariga vir-se dar àqueles despudores. E uniram-se todos, velhos e velhas, novos e novas, padres e freiras, para correr com a moça da escola.

O Ministério da Educação, dirigido pelos rabicholas do Governo, veio logo a terreiro dizer que ai, nessas coisas de gajas nuas, que nojo, credo, nós não nos metemos…

Mas que porra é esta? Alguém tem alguma coisa a ver com o que a Bruninha faz fora do local de trabalho? Mas que raio têm contra essa instituição chamada Playboy e que tantas obras de caridade já fez por sucessivas gerações de adolescentes deste País?

Para mim, a questão é clara: quem fica a perder é o ensino Português e, acima de tudo, os rapazes de Mirandela, que a partir de agora vão ter de voltar a sonhar com as vacas que têm lá nos estábulos. Que grande injustiça… Bruninha ao Poder, JÁ!!!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Eu acuso!


O Papa está cá. O País está de férias. O País está contente. O País está feliz. O sol brilha e as andorinhas chilreiam nos seus ninhos. Linda redacção de Primavera. Que reflecte o estado de espírito do maior biltre deste pedaço de terra mal amanhado que ainda não caiu no Atlântico porque não calhou – José Sócrates de seu nome.

Eu acuso: José Sócrates é um mentiroso! Um crápula que se serve do Poder para dar tachos aos seus amiguinhos rabicholas e que se está nas tintas para os Portugueses. Quem o ouvisse falar há poucas semanas, mais os seus muchachos, escutaria vezes sem fim – o caso português nada tem a ver com a Grécia. Estamos bem e recomendamo-nos.

Eu acuso: o homem (homem?...) mentiu com as letras t-o-d-a-s! Agora vem dizer que, ai, afinal e coisa e tal, os maus da fita são os tipos da União Europeia, que nos obrigaram a tomar uma série de medidas para pôr o défice na linha. Não, os patifes estão bem identificados e usam crachats do PS.

Eu acuso: José Sócrates é um corrupto de primeira água que recebeu um balúrdio pelo menos no caso Freeport. Todos o sabem e todos estão calados. Teve a cobertura de juízes que mandaram abafar o caso, inclusive dos trutas do Supremo Tribunal.

Eu acuso: José Sócrates é um falsete. Não é formado em Engenharia coisíssima nenhuma e obteve um diploma forjado, o que é crime. Ou pelo menos deveria ser, pois neste País para os patifes vale tudo.

Eu acuso: José Sócrates criou milhares de tachos para os seus muchachos, que recebem milhões de euros às escâncaras perante a total passividade dos trabalhadores Portugueses, espremidos até à medula e sujeitos aos sacrifícios mais torpes.

Eu acuso: com as suas políticas, José Sócrates arruinou o que restava da classe média Portuguesa, que nunca viveu tão mal nem nunca foi sujeita a tantos sacrifícios como hoje.

Eu acuso: José Sócrates é um incompetente, que não dá um passo para acabar com o despesismo que grassa nos ministérios e nas câmaras e que custa milhares de milhões ao País.

Eu acuso: José Sócrates mantém um milhão de parasitas neste país, gente que recebe para nada fazer e que serve de tropa de choque para defender os estandartes do PS se e quando for preciso.

Eu acuso: José Sócrates manipula a Comunicação Social deste País, seja oferecendo (via os presidentes de Câmara xuxas, com Lisboa à cabeça) casas aos jornalistas corruptos, seja tentando calar a todo o custo a TVI, alvo de uma tentativa de compra por parte da PT, seja perdoando dívidas astronómicas aos amigos joaquins, não é, Oliveirinha?...

Eu acuso: José Sócrates é um criminoso, um mafioso que, como outros xuxas supostamente com grande prestígio internacional e que roubaram Macau até ao tutano, deveria estar na cadeia!

Eu acuso: José Sócrates enraba os Portugueses e estes borram-se de medo e fazem a barba com o cuspe que lhe atiram para a cara.

Eu acuso: os Portugueses, cobardes e amêijoas que são, vão esperar que os Gregos e os Espanhóis paguem a factura da revolta para depois se porem em bicos-dos-pés e dizerem: ei!, nós estamos aqui. Também queremos! Povo de merda. Estamos à espera de quê?...

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Leiam os meus lábios...



O Chefe sempre foi muito telegénico. Admiro isso no tipo. Sempre que soltava um flato vinha à Televisão alardoar aos quatro ventos as virtudes do seu aparelho gastro-intestinal. Depois levou o País à ruína. E agora está calado como rato que é.

Por cá, fomos sabendo, por Bruxelas, claro, que Portugal e Espanha “comprometeram-se a tomar medidas adicionais significativas de consolidação orçamental em 2010 e 2011” e que ambos os países vão apresentar essas tais “medidas” no Conselho Ecofin (reunião dos ministros das Finanças dos 27) que vai ter lugar no próximo dia 18 de Maio.

Ou seja, no mesmo dia em que Bruxelas (leia-se União Europeia) decidiu, e muito bem, criar um fundo de estabilização de 750 mil milhões de euros para salvar a moeda única, optou por dar um valente puxão de orelhas aos dois meninos mais mal comportados da sala – Portugal e Espanha. Refira-se que a Grécia, por indecente e má figura, já tinha sido expulsa.

O que é triste é que foi preciso saber por Bruxelas que o nosso País vai ser obrigado a tomar medidas draconianas. Vinte e quatro horas depois da decisão, o Chefe, sempre tão pródigo a botar faladura, ainda não tinha aberto a boca.

O que é que se vai decidir no dia 18? Pois bem, vai ser uma segunda-feira negra para os Portugueses – IVA a 22% (vai aumentar tudo…), aumento dos impostos sobre o álcool, tabaco, gasolina e automóveis, e penhora de uma parte do Subsídio de Natal. Isto para já, pois dentro de poucos meses seguir-se-á, pelo menos, o Subsídio de Férias e um corte de 20% nos salários da Função Pública e das reformas.

O problema do Chefe é que precisa de desencantar rapidamente 1.800 milhões de euros para cumprir a redução do défice prevista para este ano. Isto numa altura em que acabámos de embrulhar dois mil milhões de presente para os gregos…

A ironia disto tudo é que sucedeu no mesmo dia em que os milionários deste país ficaram 20% mais ricos, fruto das mais-valias geradas numa única sessão bolsista. Impressionante também é a desfaçatez do Chefe. Medidas? Claro. Contra os mesmos do costume. Mas nem uma palavra contra os 10 mil milhões que todos os anos são desperdiçados nos ministérios e nas câmaras. Bravo!

Já sabia que isto ia acabar mal. Eu e toda a gente. Mas todos preferiram ficar em silêncio. Repito: só temos aquilo que merecemos.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Quero ser ministro das Finanças!


Confesso que ainda tinha uma vaga esperança que os nossos governantes (leia-se Bloco Central mais o CDS) ganhassem juízo. Erro meu. Pensam que a simples adopção do PEC vai ser a receita mágica para salvar o País da bancarrota. Ou melhor, pensam não. Estão é a fazer-nos de parvos, como é costume.

O PEC, em si, é uma mão-cheia de nada. Em menos de um fósforo, as agências de rating vão voltar à carga e condenar-nos à penúria. Ao nosso lado, solidária como sempre, teremos a orgulhosa Espanha. Ou não, pois os tipos são menos parvos que nós. O que é certo é que o barquinho da desgraça não vai andar só com a Grécia à deriva.

Mas eu, que sou um mãos-largas e não tenho licenciatura em Gestão, Mestrado em Economia ou um qualquer PHD, atrevo-me a dizer que faria melhor figura do que Teixeira dos Santos. Vejamos pois uma simples meia-dúzia de medidas que tomaria para não entrarmos no Titanic.

Primeiro: despedir 46.500 dos 47 mil motoristas da Função Pública. Desculpem lá o mau jeito, mas pouparia mil milhões de euros anuais ao erário público. Segundo: fim da palhaçada das mega-obras públicas. Leia-se Aeroporto de Lisboa e TGV. Poupança imediata: 10 mil milhões. Terceiro: tecto das reformas de dois mil euros, seja para quem for. Poupança anual: 1,4 mil milhões. Quarto: fim imediato do parasitismo dos subsídios: poupança anual de 2,5 mil milhões. Quinto: sindicâncias independentes aos ministérios e câmaras para acabar com o desperdício: poupança anual de 10 mil milhões. Sexto: obrigar os bancos a pagar o mesmo IRC que as restantes empresas. Mais-valia anual: três mil milhões.

Concluindo, caros amigos, com a adopção das medidas que proponho o Estado português pouparia qualquer coisa como 28 mil milhões de euros anuais. Ou seja, as nossas Finanças estariam mais do que saneadas, o défice seria controlado apenas num ano e a nossa dívida poderia inclusive começar a ser paga. Qualquer nabo vê isto. E por que é que estes gajos não conseguem? Ou não querem? Respondam vocês.

Ah!, é verdade. Sugiro ainda uma medida suplementar, porventura mais importante que todas as outras: importem tomates!

terça-feira, 20 de abril de 2010

Socratismo ou estalinismo?


A última dos socialistas é de bradar aos céus! Atão não é que o Chefe deu instruções à Galp para que todos os militantes que ali encham os depósitos dos carrinhos passem a ter um desconto de 22 cêntimos por litro? Para os gajos, como eu, que gastam 100 litros de combustível por mês a trabalhar, isso equivaleria a uma poupança anual de 266 euros e sessenta e quatro cêntimos. Mas não, bolas! Falta-me o cartão do Partido…

O estalinismo sempre me deu volta à tripa. Antes da queda do Muro, quando em trabalho tinha de ir à Europa de Leste, agoniava-me ver os gajos e gajas da nomenklatura local passarem à frente de todas e quaisquer filas e gozarem de todo o género de privilégios. Sempre pensei que isso se passava com os regimes afectos ao tio José. Estava enganado. Também se passa no socratismo.

Vejamos. Há uma vaga na Função Pública? Se não tem cartão do Partido esqueça. Há um tacho num qualquer Ministério? Se não é amigo da prima do cunhado do porteiro onde mora o ministro fulano de tal é melhor nem sequer pensar em concorrer ao lugar. Precisa de uma casa camarária boa e baratinha? Se não é jornalista disposto a fazer todo o tipo de fretes nem pense. Tem problemas com as Finanças e quer um perdão fiscal? Se não tem o número de telefone da mulher-a-dias do secretário de Estado da tutela pode continuar a sonhar.

E pronto. Faltava esta – gasolina baratinha para os do Partido. Já agora, Chefe, faça-nos um favor: nacionalize as fábricas de vassouras. Assim aproveitávamos e, com elas enfiadas no cu, por decreto, claro, íamos varrendo a merda que V.Exa faz.

sábado, 17 de abril de 2010

O mamão dos mamões


É sabido que em Portugal o salário médio de um trabalhador por conta de outrem é de cinco euros à hora. Contudo, há neste país pelo menos um trabalhador por conta de outrem que ganha não cinco, nem 10, nem 15, nem 20, mas mais exactamente 29 euros e 21 cêntimos por… minuto.

António Mexia é um tipo com sorte? É, sim senhor. Trabalha na EDP, ou seja, por conta de outrem, recebendo da eléctrica nacional a módica quantia de 1.753 euros por cada hora de trabalho, que é como quem diz, porque estes presidentes dos conselhos executivos passam a vida de cu alapardado e nas almoçaradas.

Se tivermos em conta que o presidente da eléctrica, pago ao fim e ao cabo pelos pacóvios que não têm outro remédio senão enfiar todos os meses o guito na EDP, trabalha como todos os Portugueses 221 dias por ano (descontados feriados, fins-de-semana e férias), chegámos à triste conclusão que o senhor recebe 14.027 euros por dia.

Assim, em 2009, Mexia recebeu um total de 3,1 milhões de euros – 600 mil em salário fixo e o resto em prémios. Isto é, enquanto a carneirada (ou seja, os Portugueses) não recebeu aumentos porque o tempo é de crise, o senhor presidente do Conselho Executivo da EDP mamou 2,5 milhões em bónus.

Sabendo nós que por cada agregado há quatro pessoas e cada casa paga uma média de 100 euros mensais à EDP, será assim necessário juntar todas as facturas correspondentes ao consumo de energia durante um mês de 124 mil pessoas e mandá-las direitinhas para o bolso do senhor presidente.

Já ouvi falar de chulos, mas este bate todos. Prà frente, Portugal!

Ainda há Homens no meu País?


Acho que andam a brincar connosco. O pior é que nós deixamos. Ouço dizer por aí que há uma crise, desemprego e muita gente a passar dificuldades. Não. O que se passa é que há falta de oxigénio nos bolsos dos Portugueses. Esse é que é o problema.

Mas também ouço que vamos mandar 700 milhões para ajudar os gregos. E que se disponibilizaram 20 mil milhões para ajudar os bancos. E que há jogadores de futebol que recebem 800 mil para tomar o pequeno-almoço com o Chefe.

Crise? Sim, está bem, mas para quem? Um milhão de portugueses (assim mesmo, com minúscula) habituaram-se a viver da chulice, dos subsídios que premeiam quem nada faz e que são pagos na íntegra por uma classe média espremida até ao tutano.

E depois há os outros. Os políticos corruptos, os juízes sem vergonha, a escumalha que corrói este país. E que trocam os seus velhos BMW com cinco anos por modelos topos de gama. Pagos pelos palermas de sempre, é claro.

E os palermas calam-se. Aninham-se. São comidos como aquilo que são – amêijoas. Ou seja, são sugados pelas sanguessugas que se apoderaram deste país e que agora até querem colocar um desertor em Belém.

E há as pequenas coisas. Como os centros comerciais que nascem como cogumelos em mata húmida e dão a imagem de um país moderno, mas que acabam com três postos de trabalho por cada um que criam. Bravo.

Ou os chineses. São como as pulgas na praia. Aparece uma, depois outra e de repente temos a toalha cheia delas e vamos embora. Tomam conta de tudo. Instalam-se em todo o lado, arruínam o comércio e ninguém diz nada.

Ensinaram-me a ter orgulho de ser Português. Jurei defender a Bandeira até à morte. Que havia aqui Homens. Percebo hoje que me mentiram. Somos um país de faz-de-conta habitado por um povo de merda. Temos aquilo que merecemos. Parabéns.

terça-feira, 6 de abril de 2010

A (in)justiça que temos...


A coisa promete. Atão não é que o Emídio Rangel disse alto e bom som naquela palhaçada a que chamam Comissão de Ética que há juízes que violam o segredo de Justiça e entregam aos jornalistas documentos classificados?

Vamos por partes. Nunca gramei o Rangel. Primeiro, porque que é um vaidosola de primeira ordem; segundo, porque é um lambe-botas do Sócrates.

Isso não impede, contudo, que lhe reconheça muito valor pelo desempenho profissional que teve enquanto director da SIC e da RTP.

Os juízes já vieram a terreiro assegurar que Rangel jamais conseguirá provar o que quer que seja. E mais: a associação corporativa mais poderosa do País anunciou que vai mover um processo ao jornalista.

Pergunto eu: só um processo? Atão e não há um tiro na cabeça com uma P38 e um peixe enfiado na boca? Estão a perder qualidades, senhores juízes.

Vamos falar a sério. Toda a gente sabe que o Ministério Público está podre até às entranhas e que os senhores juízes são, a par dos políticos, os principais responsáveis por a nossa suposta democracia ter chegado onde chegou – ao lodo!

E agora os juízes vão pedir uma indemnização porque Emídio Rangel lhes sujou o bom nome? Mas qual bom nome? Senhores magistrados, as mais miseráveis mulheres da rua têm mais bom nome do que os senhores…

sexta-feira, 26 de março de 2010

Como é possível?...


Um soldado da GNR saía de um festival gastronómico em Loures quando foi atacado por um bando de marginais, composto por cinco rapazes e uma rapariga. Eram 2.30 da madrugada. Quando se preparava para entrar no seu carro, o jovem militar, então com 25 anos, foi cercado pelos meliantes, que lhe exigiram os haveres que trazia consigo.

Mesmo depois de se ter identificado como militar, o jovem GNR foi sovado a soco e pontapé. Um dos assaltantes arrancou-lhe o fio de ouro que trazia ao pescoço. O soldado sacou da arma e efectuou vários disparos, que atingiram dois dos atacantes, entre os quais a rapariga que fazia parte do bando.

Apesar dos disparos, o grupo continuou a espancar o agente da autoridade. “Partiram-lhe os dentes e esfaquearam-no. Foi agredido até ficar inconsciente. Se não tivesse sido socorrido por uma patrulha da PSP a esta hora estaria morto”, disse uma fonte da GNR.

O jovem militar foi depois transportado para o hospital, assim como os dois atacantes baleados. Um deles veio a morrer na sequência dos disparos efectuados em legítima defesa pelo GNR.

Pois bem… pasmem! Este militar foi condenado a 16 anos de cadeia pelo Tribunal de Loures. Se tiveram a mesma reacção que eu tive quando soube desta notícia e deste nojo de Justiça consultem e assinem a petição http://www.peticaopublica.com/?pi=P2009N311.

Salvem este rapaz!

terça-feira, 23 de março de 2010

Gandas malucos!


O primeiro estudo epidemiológico nacional de Saúde Mental (levado a cabo entre 3800 adultos), agora revelado, conclui que um em cada quatro portugueses padeceu ou padece de uma doença mental nos últimos 12 meses. É obra.

Entre as perturbações psiquiátricas, a ansiedade é a que lidera, com 16,5%, seguida das doenças do foro depressivo, com 7,9%. No subgrupo das ansiedades, a perturbação mais frequente é a fobia específica (8,6%), enquanto os ataques de pânico representam 0,9%.

Em termos de depressão, a "grave" apresentou uma prevalência de 6,8%. Na tabela de perturbações detectadas nos portugueses estão ainda o "controlo impulsivo" (3,5%) e o abuso e dependência de álcool (1,6%).

O professor Caldas de Almeida, coordenador do estudo, ficou estupefacto com os resultados, que nos colocam (com uns espantosos 23%) no topo da lista mundial dos maluquinhos, apenas atrás dos americanos (de quem havia de ser?...).

Está finalmente encontrada a explicação para o facto de o PS e José Sócrates terem ganho as últimas eleições. Não! Pera aí! Ou será que é por causa deles terem ganho as eleições que estamos malucos? Pronto, fiquei ansioso. Ou será que estou deprimido?...

sexta-feira, 19 de março de 2010

Alarves somos nós...


A cena passou-se numa destas manhãs em Matosinhos. Dois rapazes na casa dos vinte anos, com um corpanzil de fazer inveja ao culturista mais pintado, falavam à porta de um estabelecimento comercial onde eu parara a ver a montra. O diálogo que se segue não é exacto, mas é fidedigno.

- O teu rendimento chega hoje?

- Chega não. Já chegou.

- Atão tenho que ir levantar o meu aos Correios. Que chatice…

- Pois é, podiam mandar o dinheiro para casa, mas não. Obrigam-nos a ir para a fila.

- Estes gajos abusam, pá…

Ligeiro compasso de espera.

- Já soubeste do Tone?

- Não, que foi?

- Arranjou trabalho na lota.

- Na lota? Ó trabalho vai-te embora…

Riram-se como alarves e entraram no tasco mais próximo.

Sabem que mais? Alarves somos nós que andamos a sustentar esta gente!

quarta-feira, 17 de março de 2010

De fato de treino?...


Eu pensava que já tinha visto de tudo no Parlamento – vigaristas, oportunistas, rabichas e por aí fora. Mas sinceramente ainda não tinha visto nenhum deputado a discursar de fato de treino.

Este regime pseudodemocrático é uma palhaçada. Já se sabia (pelo menos eu já, e há muito tempo…) que esta rapaziada que arranjou um valente tacho na Assembleia não respeita os Portugueses. Mas ao menos até agora ainda se davam ao trabalho de disfarçar, embora mal.

Agora chegar ao cúmulo de subir à tribuna de fato de treino, e ainda por cima piroso… valha-me deus, é o cúmulo da lata. Pois foi exactamente o que aconteceu com um (suposto) deputado do Bloco de Esquerda.

Acho que a falta de respeito tem limites. Já agora, que eles estão equipados a preceito, o melhor seria fazerem um treino a sério e… saírem a correr dali para fora. Mas todos! Cambada de chulos.

terça-feira, 16 de março de 2010

Que tristeza de país...


Acabo de saber que um jovem polícia que disparou um tiro contra um carro que não parou numa operação stop foi constituído arguido. Resultado: vai parar à cadeia e tem a carreira destruída.

Vejamos. Numa destas madrugadas, em Lisboa, a PSP montou uma operação stop. Foi dada ordem a um carro para parar e o condutor não só desobedeceu como se pôs em fuga. Foi perseguido vários quilómetros, das Docas até Benfica por uma equipa da Polícia. Os agentes dispararam para o ar e para os pneus. Uma das balas entrou pela mala do veículo e atingiu o fugitivo nas costas, o que acabou por ser fatal.

O fugitivo (desculpem não lhe chamar vítima) chamava-se Nuno Rodrigues, tinha 30 anos e era um rapper de Chelas, conhecido como MC Snake, actuando com Sam The Kid. Resumindo: era pretinho, bom rapaz e traficante de droga, tendo já cumprido uma pena de quatro anos na prisão.

A família do senhor Snake, claro está, fez uma fita de bradar aos céus, louvou as virtudes do rapaz, acusou a Polícia de racismo e o agente foi preso. Agora digo eu, que sou branco, português, contribuinte e não sou traficante de coisa alguma: se não parar numa operação stop, fugir e levar um tiro alguém faz um banzé destes?...

Esteve muito bem a Polícia e será (mais) uma vergonha nacional se o agente for preso ou expulso da corporação.

domingo, 14 de março de 2010

Um teste para a Justiça


Henrique Sotero tem 30 anos, educação superior e uma vida aparentemente normal, com um bom emprego, namorada e cartão de sócio do Benfica. Há dias soube-se que era ele o violador de Telheiras. Abusou sexualmente, sob ameaça de arma branca, de dezenas de menores, entre os 13 e os 17 anos.

Preso pela Judiciária, Sotero confessou a prática de pelo menos 40 crimes sexuais nos últimos dois anos, mas poderão ter sido muitos mais. Por cada crime que for provado em tribunal, o violador apanha até três anos, num cúmulo jurídico máximo de 25 anos.

O problema é que todos sabemos como funcionam os nossos tribunais. No máximo vão provar aí uns três, digamos mesmo quatro crimes. Ou seja, Sotero incorrerá numa pena de prisão de 12 anos, no máximo. Acontece que os relatórios médicos poderão contribuir para a atenuação da pena, caso seja provado que o indivíduo sofre de uma disfunção psicótica que o faz agir por compulsão, sem conseguir controlar o impulso sexual.

O que vai acontecer, podem apostar, é que o tarado vai apanhar uma pena de seis anos porque, coitadinho, é doente. Por bom comportamento, daqui a três anos está de novo cá fora, pronto para voltar a fazer das suas. Vai entretanto ser sujeito a tratamento e os médicos dizem que está curado. O pior vai ser depois…

Este homem, que tem perfeita consciência entre o bem e o mal, marcou para sempre dezenas de adolescentes e daqui a três anos está outra vez em liberdade, pronto para perseguir as nossas filhas ou sobrinhas. É Portugal no seu melhor. Palavras para quê? A minha esperança é que o tratamento a que vai ser sujeito, qual laranja mecânica, lhe dê para perseguir políticos ou magistrados…

Mas que Saúde é esta?...


Antes do 25 de Abril quem ia a um hospital público tinha um atendimento miserável. Hoje, passados 36 anos (ena, tantos…), a coisa em nada melhorou. Pelo contrário. Quem corre aos bancos de urgência espera e desespera, como aconteceu a uma mãe do Seixal, que teve de fugir do Hospital Garcia de Orta, em Almada, para que o filho não lhe morresse nos braços.

Ângela Silva, de 40 anos, entrou com o filho, João, de 15 anos, nas urgências do Garcia de Orta porque o rapaz estava com um grave ataque de asma. Quando ali chegou passavam 50 minutos da meia-noite, ou seja, uma hora morta para os serviços hospitalares. Às 8.24 (pasme-se!), o João ainda não tinha sido atendido e o seu estado de saúde agravara-se consideravelmente.

Vendo o filho entre a vida e a morte e sem ninguém para o socorrer nas urgências de um hospital central, Ângela decidiu fugir dali e seguiu para o Centro de Saúde da Amora, onde João foi finalmente socorrido, tendo a crise sido debelada com recurso a broncodilatadores.

"Se não tivesse abandonado a urgência ele tinha lá ficado”, denuncia Ângela, que só saiu do Garcia de Orta quando soube que ainda estavam 15 doentes à frente do seu filho. Agora eu pergunto: 36 anos depois, isto ainda está assim? Será que a culpa é do Salazar?…

terça-feira, 9 de março de 2010

Este tipo tem cá uma lata...


A lata da chamada Esquerda caviar não tem limites – então não é que o presidenciável Manuel Alegre (esse mesmo, o tal que desertou e foi apelar à morte dos nossos soldados na Rádio Argel) teve a desfaçatez de ir a Nambuangongo prestar homenagem aos que ali caíram em combate?

Na província angolana do Bengo, o dito poeta disse estar “emocionado” na presença das sepulturas dos militares portugueses que ali caíram na defesa do território que estava então sob tutela da Bandeira Nacional.

Recorde-se que Alegre foi mobilizado para Angola no início da década de sessenta, tendo depois desertado e ido parar a Argel, onde aos microfones da chamada Voz da Liberdade apelava ao combate dos soldados portugueses que estavam destacados nas então colónias ultramarinas.

“Para muitos de nós, esta era uma guerra sem sentido, fora do tempo, muitos portugueses defendiam a independência de Angola e a democracia em Portugal, mas estavam aqui, defendiam a bandeira e cumpriam o seu papel", sublinhou Alegre em terras do Bengo.

Como é que é, senhor Manuel Alegre? Importa-se de repetir? “Estavam aqui e defendiam a Bandeira”? Sim, estavam ali e morriam por Portugal. Mas não era o seu caso de certeza. Você estava do outro lado da barricada. Lembra-se?...

sábado, 6 de março de 2010

Mas ninguém cala esta gaja?...


O imparável casal McCann – os tais que gostavam de vir para o Algarve com os very british amiguinhos do swinger – fez um pedido oficial ao Governo de Sua Majestade para que seja reaberto o caso Maddie, uma vez que chegaram à conclusão que a Polícia portuguesa ignorou duas mil (leram bem, duas mil) pistas que podiam ter conduzido à detecção da sua querida filha.

Não duvido nem por um segundo que a inocente Maddie tenha sido uma querida, mas as horas do dia não chegariam para catalogar o que penso de uns pais que drogam os filhos para irem dar azo aos seus instintos mais sórdidos e nojentos com amiguinhos de longa data.

Já se sabe que o libertinos McCann (amiguinhos, entre outros, do chefe do Governo britânico) têm uma lata do outro mundo. Depois de terem conseguido uma audiência com aquele santinho polaco para que lhes salvasse a filha (ou seria para participar nos jantarinhos?), acabam de passar mais um atestado de incompetência à Polícia portuguesa.

Pois bem. Os McCann conseguiram apurar que a Judite ignorou duas mil pistas durante a investigação (olha se tivessem sido 12 mil!), a mais relevante das quais será uma imagem de uma menina parecida com a infeliz Maddie que foi vista na… Nova Zelândia. Pois é, nesse país que fica exactamente nos antípodas do Algarve. Vá lá, podia ter sido em Marte, dirão vocês.

A verdade é que os McCann estão com um problema – o fundo doado para salvar Maddie (há papalvos para tudo…) tem um milhão de libras esterlinas para gastar com investigadores privados. E estes têm de fazer alguma coisa para justificar os honorários, certo? Nem que seja inventar para sossegar a consciência daquela senhora com trombinhas de Mary Jane…
Vivo num tempo…

… em que tudo mudou.


De mulheres-homens.

E homens-mulheres.

Pais ignoram os filhos.

Filhos ignoram os pais.

De poleiros com ratos.


Vivo num tempo…

… em que tudo mudou.


Miragem de Justiça.

Falsa Liberdade.

Miséria com fartura.

Nenhuma esperança.

Sem amanhã.


Vivo num tempo…

… em que tudo mudou.


Sem valores.

Segundos de glória.

Imagens efémeras.

Substância zero.

Nada absoluto.


… mas que tempo é este?...

quarta-feira, 3 de março de 2010

Libertem a "Tillikum"!


Representantes religiosos da maior, mais rica, mais culta, da única, enfim, superpotência mundial estão a exigir que a orca “Tillikum” – que afogou a sua tratadora – seja apedrejada até à morte, tal como preconiza a Bíblia.

Segundo os responsáveis da American Family Association (AFA), um importante grupo religioso com representação política no Congresso e nos todo-poderosos meios empresariais americanos, qualquer animal que mate seres humanos deve ser apedrejado até à morte, mas com uma ressalva – ninguém deve comer a sua carne depois. Ah, bom, nesse caso estamos mais descansados.

Recorde-se que “Tillikum” é uma das principais atracções do parque aquático Sea World de Orlando, Florida. Há uma semana afogou Dawn Brancheau, que era a sua tratadora.

Os iluminados da AFA, entre os quais se contam evangélicos da casta Bush, como Rumsfeld e outras biscas, ter-se-ão porventura esquecido que as orcas são animais selvagens, e que estes de vez em quando fazem nhac, nhac e comem pessoas, razão por que não devem estar em gaiolas, piscinas, ou seja lá o que for.

“Tillikum” nem sequer terá direito a uma câmara de gás, nem a uma injecção letal, nem tão-pouco à cadeira-eléctrica. Não, senhor. Vai ser mesmo à calhoada. Pimba! E sem julgamento. Mas pera aí ! Atão os gajos não foram para o Afeganistão para acabar com aquela coisa de os talibans se distraírem a atirar calhaus às gajas?

Hummm… e atirar calhaus a orcas vale? Bora invadir os states? Sei lá, foi só uma ideia… Libertem a “Tillikum”, porra!

terça-feira, 2 de março de 2010

Grande PT, nunca me enganaste...


Se um de nós for condenado ao pagamento de uma multa de 38 euros e não pagar o que sucede? Nada de mais, apenas uma penhora coerciva. Mas vejamos, se uma das nossas mega-empresas, como a PT por exemplo, for condenada a pagar uma coima de 38 milhões de euros o que acontece se não pagar? Nada, a multa é perdoada.

Pois é exactamente assim. A PT impediu que outros operadores de comunicações – casos da TVTel e da CaboVisão – tivessem acesso às suas condutas, o que contraria as leis da concorrência.

Em 2007, a PT levou pela medida grande – uma multa de 38 milhões por querer asfixiar concorrentes. A empresa não pagou e, contrariamente ao que acontece ao comum dos mortais, o caso não teve consequências. Ou melhor, teve, porque a dívida (que com os juros já andaria agora na casa dos 90 milhões) acaba de ser considerada nula pelo Tribunal de Comércio de Lisboa.

Eh pá, uma Justiça assim até dá gosto... mas compreende-se, os rapazes não podem ficar sem os sacos azuis. Se isto fosse para a frente como é que o Senhor Engenheiro poderia continuar a calar vozes incómodas? Era só o que faltava! E com o Senhor Engenheiro não se brinca. Mais nada.

Olha a novidade...


Um estudo agora divulgado revela que a maioria dos Portugueses considera que a insegurança aumentou durante o ano passado. Que grande novidade, sinceramente, pá, fiquei mesmo admirado…

Citado pela TSF, o estudo foi feito nos últimos meses de 2009 e levado a cabo entre 800 cidadãos nacionais, dos quais 55,5% são de opinião que há cada vez menos segurança e que as cidades piores são Faro, Viseu e as áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa.

O estudo não aponta causas para a crescente insegurança, mas eu atrevo-me a enumerá-las, porque todos as conhecemos – a nacional-bandalheira a que chegou a Justiça; a crescente despenalização dos prevaricadores porque, coitadinhos, são vítimas de uma sociedade malévola que não os compreende; e a terrível situação socioeconómica para que fomos arrastados pela crise e pela incompetência crescente das políticas seguidas pelo Bloco Central.

Feito o diagnóstico, segue-se a terapia (eu sempre gostei de brincar aos médicos…) – uma Justiça a sério, que castigue os criminosos e deixe de ignorar as vítimas; e um regime (sim, leram bem, um regime, que este já mete nojo) novo, que seja capaz de restituir dignidade aos Portugueses.

Até lá, tranquem-se em casa e esperem que os coitadinhos decorem o número da vossa porta…

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Ai Nelinha, filha!


Anda toda a gente a saltar em cima (salvo seja…) da Nelinha Ferreira Leite porque a senhora decidiu pôr a boca no trombone (ó pá!...) e espalhar aos quatro ventos que o nosso país vai acabar como a Grécia.

Caiu o Carmo e a Trindade! Atão não é que a supertia teve o desplante de dizer que Portugal está a um passo da bancarrota. Ganda mentirosa a Nelinha, hein? O problema é que é mesmo aldrabona. Nós não estamos quase como a Grécia – estamos mesmo arruinados! Mas ainda ninguém percebeu isso?

Vamos lá ver. Claro que convém ao Governo e aos que comem com ele (leia-se Bloco Central e quejandos) dizer que somos capazes de respeitar os nossos compromissos financeiros, isto é, que vamos continuar a pagar o que devemos e que nos podem continuar a emprestar mais guito, de que precisamos como de pão para a boca para manter o nosso padrão de vida.

O problema é que os gajos que nos emprestam o guito já nos toparam e não há mais um cêntimo para ninguém, a não ser a taxas proibitivas. Quer dizer, não vai haver dinheirinho para o Orçamento de Estado. Trocado por miúdos – não há investimento e os salários da Função Pública que se cuidem. Tá bonito, tá.

Claro que quando isso suceder, ou seja, quando se fechar a torneira, vamos ter de viver com o que temos, que é muito pouquinho. Ora a Nelinha cometeu um dos seus habituais lapsus linguae – e disse uma meia-verdade. Não disse foi tudo, mas lá chegaremos.

Mas como foi possível entrarmos então no euro? Porque fizemos batota, ora! Mentimos no défice (todos os partidos deram o seu aval para a patranha…) e tivemos uma ajudinha do Deutchbank, que nos cobriu as costas porque os alemães não nos queriam deixar de fora e os franceses desviaram o olhar.

Lembram-se da trilogia Willy Brandt, Mário Soares e o mon ami Miterrand? Pois é, agora é um filme de terror… aguentem-se!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Padre ou gigolo?


A Arquidiocese de Toledo está em estado de choque. Atão não é que um dos seus padres mais promissores, de nome Samuel Martín, mantinha uma página na Net a oferecer os seus “serviços” a senhoras necessitadas?

Já se sabe que os tempos estão maus e as esmolas também não abundam. Talvez por isso o empreendedor padre Samuel decidiu enveredar por um projecto inovador para a Igreja Católica, cobrando entre 50 e 120 euros por cada sessão.

A Arquidiocese não esclareceu se o pároco tinha clientes, mas ordenou que fosse de imediato encerrada a página marota. Apurou depois que o sacerdote tinha roubado 17 mil euros das caixas de esmolas para pagar contas exorbitantes de linhas eróticas e da web.

Não se sabe o que vai acontecer ao padre Samuel, que tem 27 anos. Mas eu atrevo-me a dar um conselho aos bispos de Toledo – tenham juízo e deixem que os rapazes se casem, em vez de os fecharem na hipocrisia dos seminários e de os obrigarem a engolir essa tanga do celibatarismo!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Descobri-lhe a careca!


Agora já sei qual a especialidade do Grande Líder. Custou mas foi! Qual primeiro-ministro, qual engenheiro, qual quê! O homem é mas é perito em pastorícia. Nem mais.

Vejamos. Descobri tudo agora, quase por acaso. Então não é que fruto das cheias no Tejo ficaram isoladas 800 ovelhas numa ilhota situada na zona de Abrantes?

Ah!, pois é... E qual foi a solução para salvar as bichas? Evacuá-las, dirão vocês. Não senhor. Pois os Bombeiros de Abrantes telefonaram ao Senhor Engenheiro e este deu-lhes logo a resposta. E qual foi? Sigam-me.

Pois qualquer alminha pensaria em pegar num barco e tirar dali os bichinhos. O nosso Líder não. Disse logo aos bombeiros que aplicassem a táctica que usa para governar o rebanho, isto é, os Portugueses.

Trata-se de uma táctica muito simples – em vez de lhes dar trabalho dá-lhes subsídios. Assim, se alguém no rebanho se portar mal… zás! Acaba-se o chequezinho.

E os bombeiros meu dito, meu feito. Deixaram lá as ovelhas, chamaram o pastor e este leva-lhes a ração e tudo o que precisam. Quer dizer, quase tudo… excepto liberdade para comerem a erva onde quiserem.