segunda-feira, 21 de junho de 2010

Ensaio sobre os parasitas


Sempre considerei que Portugal tem uma tendência mórbida para o fatalismo. Isto aplica-se em tudo, inclusive na política. Nos últimos 100 anos, o nosso País sofreu de dois cancros que não nos mataram, é verdade, mas deixaram feridas profundas a nível social. O primeiro foi Salazar; o segundo foi o Partido Comunista. Duas faces da mesma moeda. Um era corporativista-fascista; os outros são estalinistas.

De Salazar já se disse tudo, ou quase – consolidou a ditadura saída do 28 de Maio de 1926, condenou Portugal ao atraso sócio-económico e ao ostracismo internacional durante décadas, foi, enfim, o principal culpado desse crime sem nome que designamos por Guerra Colonial.

Quanto aos comunistas, doravante designados por estalinistas do PCP (porque é isso que eles são), foram responsáveis pelas nacionalizações, pela fuga dos investidores, pela defesa dos laxistas, taxistas, e demais chulos e preguiçosos que ainda hoje proliferam na sociedade Portuguesa, acolitados pelos aprendizes de feiticeiros saídos das fileiras do soarismo, do guterrismo e, nos nossos dias, do socratismo.

Os Portugueses queixam-se do desemprego? Primeiro, aprendam de vez uma coisa – não há mais empregos, mas sim trabalho! Dói, não é? Mas é assim mesmo. Empregos só na Função Pública, mas mesmos antes têm os dias contados, porque se quisermos sobreviver enquanto País teremos de despedir (assim mesmo, despedir…) pelo menos metade dos que não fazem nenhum.

Segundo, as medidas supostamente em defesa dos trabalhadores conquistadas(?) por comunistas e quejandos afugentaram os investidores. Quer dizer, sem patrõezinhos no money, no fun… É triste? Mas é a vida. Querem ficar com os postos de trabalho dos que nada fazem e com todas as regalias conquistadas? É fácil: vai tudo à falência. Ou melhor, o que resta…

Vem tudo isto a propósito da morte de José Saramago. Um grande escritor, sem dúvida, do melhor que temos e tivemos. Mas um homem execrável, como bom estalinista que era. Quando, em Abril de 74, foi alcandorado ao posto de director adjunto do “Diário de Notícias”, proclamou alto e bom som: “Quem não está com a Revolução, rua!”. Resultado, até as senhoras de limpeza tiveram processos disciplinares.

E depois fizeram-lhe um funeral lindo. Sim, senhor. Fiquei muito comovido. Estava lá toda a merda, perdão, toda a Esquerda que conduziu este País à ruína. E ficaram muito ofendidos pelo presidente da República não ter posto lá os pés. Tenham juízo, canalha! Ainda não perceberam que Portugal está farto dos vossas supostos ideiais, que mais não são do que a defesa de chulos e parasitas?...

Ainda não descobriram que o Povo Português já sabe que foram vocês, sim, vocês, que hipotecaram o futuro da nossa juventude? Enquanto uns (ainda) tentam evitar que Portugal se afunde no atoleiro em que caiu, os esquerdelhos insistem no despesismo, nos protestos, nos amanhãs que cantam, na defesa dos parasitas, dos marginais que traficam droga e levam aos 1.500 euros todos os meses para casa para que os filhos, coitadinhos, não passem necessidades.

E continuam a cantar: “Obrigado, Saramago!”. Mas obrigado porquê?...

terça-feira, 15 de junho de 2010

Queirós para a rua, já!


Há muito que aprendi que ser um bom sargento não significa ser um bom oficial. Vem isto a propósito de Carlos Queirós, o mister da selecção do nosso descontentamento. Já vi a equipa da Quinas ser orientada por nomes assim um bocado a atirar para treinadores do Leixões, mas nunca, repito, nunca, assisti a um espectáculo tão confrangedor como o Portugal-Costa do Marfim.

Queirós levou um baile de Eriksson e foi o único que não percebeu. Claramente incapaz de organizar um “onze”, de formar uma equipa, de ler o jogo, o mister só merece uma coisa: a porta da rua. Sou dos entendem que pode ser um excelente adjunto, ou mesmo director técnico, mas não tem capacidade para treinar nem o Passarinhos da Ribeira.

O Mundial é, hoje, uma montra que em muito transcende o futebol. É muito mais que isso – é uma mostra representativa da capacidade de um país, da sua organização, da sua vontade, da sua garra, da sua valia. Nomearem Queirós para treinador da Selecção é exactamente a mesma coisa que me darem um Stradivirius e porem-me a tocar Sibelius, a mim, que não sei uma nota e continuo a achar que um violino é um qualquer instrumento decorativo para pendurar na parede.

Queirós está para o futebol como eu estou para a música. Estou convencido que se o nomeassem realizador de cinema e lhe dessem Robert De Niro, Al Pacino e Dustin Hofman, o tipo faria semelhante porcaria que até os filmes do João César Monteiro teriam mais espectadores.

Por favor não brinquem com o Mundial. É uma oportunidade única e estamos a fazer, mais uma vez, figura de imbecis. O futebol não é hoje, como diria Jorge Luís Borges, onze rapazes de calções contra onze rapazes de calções a correr atrás de uma bola. É muito mais do que isso. É a imagem de um país.

domingo, 13 de junho de 2010

Deutschland erwacht!


Aqui há uns bons 70 anos, ainda andava eu a passear nos tim-tins do meu papá, um dos maiores patifes que esta Terra já conheceu, o tio Adolfo, lançou o Mundo no inferno porque, dizia ele, queria purificar a raça.

Bom, antes de mais, entendamo-nos. Racistas todos somos. Eu também. Não contra a cor da pele, mas contra a estupidez ou a maldade. Não gosto de pessoas estúpidas ou más e pronto. Aí sou racista. Por exemplo, não gosto do tio Adolfo (como não gosto do tio José, já agora…).

Pois é. Com essa coisa de purificar a raça, o tio Adolfo causou 70 milhões de mortos, um décimo dos quais foram alemães, que queriam ser todos altos, loiros e de olhos azuis.

Setenta anos depois, eis que aos 70 minutos (um minuto por cada milhão de mortos….) do jogo Alemanha-Austrália entra na Manschaft um tipo alto, preto e de olhos escuros. De seu nome Cacau. Marcou um golo e tudo. Gostaste, tio Adolfo? Diz lá outra vez Deutschland erwacht!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Um patife a menos!


Nunca fui, nem sou, nem serei daqueles que passam uma esponja sobre tudo apenas pelo simples facto de quem praticou esse tudo morreu. Acaba de falecer aquele que, para mim e muitos Portugueses, era um dos maiores patifes deste País – Rosa Coutinho de seu nome, almirante sabe-se lá por que carga de água.

Alcandorado ao posto de governador de Angola pelo PCP de Álvaro Cunhal, com o intuito claro de tudo fazer para que o Poder fosse entregue aos comunistas locais, Rosa Coutinho fez o possível e o impossível para agradar aos seus mestres de Moscovo, em claro prejuízo do povo Angolano, brancos e negros, todos então Portugueses.

Foi Rosa Coutinho quem, com as suas acções desmedidas e partidárias, semeou a discórdia entre os diversos movimentos de libertação Angolanos. Mais: permitiu que o Poder caísse na rua e nada fez para acautelar os legítimos interesses das centenas de milhar de Portugueses que tinham suado as estopinhas para tornar Angola um exemplo de desenvolvimento para todo o continente africano.

Uma das principais medidas tomadas pelo Almirante Vermelho foi mandar desarmar os civis Portugueses, deixando-os impotentes, à mercê do caos em que Angola mergulhou. Como governador, deu ordens rigorosas à tropa para que nada fosse feito em defesa fosse de quem fosse. À noite, cobarde que era, dormia o sono dos justos numa fragata ancorada ao largo de Luanda, enquanto a cidade e todo o País eram palco de horrores.

Para mim, Rosa Coutinho foi o principal responsável pela morte de milhões de pessoas, brancos, negros e mestiços. Só tenho um desejo – que pague noutro mundo o que neste não lhe cobraram.