sexta-feira, 26 de março de 2010

Como é possível?...


Um soldado da GNR saía de um festival gastronómico em Loures quando foi atacado por um bando de marginais, composto por cinco rapazes e uma rapariga. Eram 2.30 da madrugada. Quando se preparava para entrar no seu carro, o jovem militar, então com 25 anos, foi cercado pelos meliantes, que lhe exigiram os haveres que trazia consigo.

Mesmo depois de se ter identificado como militar, o jovem GNR foi sovado a soco e pontapé. Um dos assaltantes arrancou-lhe o fio de ouro que trazia ao pescoço. O soldado sacou da arma e efectuou vários disparos, que atingiram dois dos atacantes, entre os quais a rapariga que fazia parte do bando.

Apesar dos disparos, o grupo continuou a espancar o agente da autoridade. “Partiram-lhe os dentes e esfaquearam-no. Foi agredido até ficar inconsciente. Se não tivesse sido socorrido por uma patrulha da PSP a esta hora estaria morto”, disse uma fonte da GNR.

O jovem militar foi depois transportado para o hospital, assim como os dois atacantes baleados. Um deles veio a morrer na sequência dos disparos efectuados em legítima defesa pelo GNR.

Pois bem… pasmem! Este militar foi condenado a 16 anos de cadeia pelo Tribunal de Loures. Se tiveram a mesma reacção que eu tive quando soube desta notícia e deste nojo de Justiça consultem e assinem a petição http://www.peticaopublica.com/?pi=P2009N311.

Salvem este rapaz!

terça-feira, 23 de março de 2010

Gandas malucos!


O primeiro estudo epidemiológico nacional de Saúde Mental (levado a cabo entre 3800 adultos), agora revelado, conclui que um em cada quatro portugueses padeceu ou padece de uma doença mental nos últimos 12 meses. É obra.

Entre as perturbações psiquiátricas, a ansiedade é a que lidera, com 16,5%, seguida das doenças do foro depressivo, com 7,9%. No subgrupo das ansiedades, a perturbação mais frequente é a fobia específica (8,6%), enquanto os ataques de pânico representam 0,9%.

Em termos de depressão, a "grave" apresentou uma prevalência de 6,8%. Na tabela de perturbações detectadas nos portugueses estão ainda o "controlo impulsivo" (3,5%) e o abuso e dependência de álcool (1,6%).

O professor Caldas de Almeida, coordenador do estudo, ficou estupefacto com os resultados, que nos colocam (com uns espantosos 23%) no topo da lista mundial dos maluquinhos, apenas atrás dos americanos (de quem havia de ser?...).

Está finalmente encontrada a explicação para o facto de o PS e José Sócrates terem ganho as últimas eleições. Não! Pera aí! Ou será que é por causa deles terem ganho as eleições que estamos malucos? Pronto, fiquei ansioso. Ou será que estou deprimido?...

sexta-feira, 19 de março de 2010

Alarves somos nós...


A cena passou-se numa destas manhãs em Matosinhos. Dois rapazes na casa dos vinte anos, com um corpanzil de fazer inveja ao culturista mais pintado, falavam à porta de um estabelecimento comercial onde eu parara a ver a montra. O diálogo que se segue não é exacto, mas é fidedigno.

- O teu rendimento chega hoje?

- Chega não. Já chegou.

- Atão tenho que ir levantar o meu aos Correios. Que chatice…

- Pois é, podiam mandar o dinheiro para casa, mas não. Obrigam-nos a ir para a fila.

- Estes gajos abusam, pá…

Ligeiro compasso de espera.

- Já soubeste do Tone?

- Não, que foi?

- Arranjou trabalho na lota.

- Na lota? Ó trabalho vai-te embora…

Riram-se como alarves e entraram no tasco mais próximo.

Sabem que mais? Alarves somos nós que andamos a sustentar esta gente!

quarta-feira, 17 de março de 2010

De fato de treino?...


Eu pensava que já tinha visto de tudo no Parlamento – vigaristas, oportunistas, rabichas e por aí fora. Mas sinceramente ainda não tinha visto nenhum deputado a discursar de fato de treino.

Este regime pseudodemocrático é uma palhaçada. Já se sabia (pelo menos eu já, e há muito tempo…) que esta rapaziada que arranjou um valente tacho na Assembleia não respeita os Portugueses. Mas ao menos até agora ainda se davam ao trabalho de disfarçar, embora mal.

Agora chegar ao cúmulo de subir à tribuna de fato de treino, e ainda por cima piroso… valha-me deus, é o cúmulo da lata. Pois foi exactamente o que aconteceu com um (suposto) deputado do Bloco de Esquerda.

Acho que a falta de respeito tem limites. Já agora, que eles estão equipados a preceito, o melhor seria fazerem um treino a sério e… saírem a correr dali para fora. Mas todos! Cambada de chulos.

terça-feira, 16 de março de 2010

Que tristeza de país...


Acabo de saber que um jovem polícia que disparou um tiro contra um carro que não parou numa operação stop foi constituído arguido. Resultado: vai parar à cadeia e tem a carreira destruída.

Vejamos. Numa destas madrugadas, em Lisboa, a PSP montou uma operação stop. Foi dada ordem a um carro para parar e o condutor não só desobedeceu como se pôs em fuga. Foi perseguido vários quilómetros, das Docas até Benfica por uma equipa da Polícia. Os agentes dispararam para o ar e para os pneus. Uma das balas entrou pela mala do veículo e atingiu o fugitivo nas costas, o que acabou por ser fatal.

O fugitivo (desculpem não lhe chamar vítima) chamava-se Nuno Rodrigues, tinha 30 anos e era um rapper de Chelas, conhecido como MC Snake, actuando com Sam The Kid. Resumindo: era pretinho, bom rapaz e traficante de droga, tendo já cumprido uma pena de quatro anos na prisão.

A família do senhor Snake, claro está, fez uma fita de bradar aos céus, louvou as virtudes do rapaz, acusou a Polícia de racismo e o agente foi preso. Agora digo eu, que sou branco, português, contribuinte e não sou traficante de coisa alguma: se não parar numa operação stop, fugir e levar um tiro alguém faz um banzé destes?...

Esteve muito bem a Polícia e será (mais) uma vergonha nacional se o agente for preso ou expulso da corporação.

domingo, 14 de março de 2010

Um teste para a Justiça


Henrique Sotero tem 30 anos, educação superior e uma vida aparentemente normal, com um bom emprego, namorada e cartão de sócio do Benfica. Há dias soube-se que era ele o violador de Telheiras. Abusou sexualmente, sob ameaça de arma branca, de dezenas de menores, entre os 13 e os 17 anos.

Preso pela Judiciária, Sotero confessou a prática de pelo menos 40 crimes sexuais nos últimos dois anos, mas poderão ter sido muitos mais. Por cada crime que for provado em tribunal, o violador apanha até três anos, num cúmulo jurídico máximo de 25 anos.

O problema é que todos sabemos como funcionam os nossos tribunais. No máximo vão provar aí uns três, digamos mesmo quatro crimes. Ou seja, Sotero incorrerá numa pena de prisão de 12 anos, no máximo. Acontece que os relatórios médicos poderão contribuir para a atenuação da pena, caso seja provado que o indivíduo sofre de uma disfunção psicótica que o faz agir por compulsão, sem conseguir controlar o impulso sexual.

O que vai acontecer, podem apostar, é que o tarado vai apanhar uma pena de seis anos porque, coitadinho, é doente. Por bom comportamento, daqui a três anos está de novo cá fora, pronto para voltar a fazer das suas. Vai entretanto ser sujeito a tratamento e os médicos dizem que está curado. O pior vai ser depois…

Este homem, que tem perfeita consciência entre o bem e o mal, marcou para sempre dezenas de adolescentes e daqui a três anos está outra vez em liberdade, pronto para perseguir as nossas filhas ou sobrinhas. É Portugal no seu melhor. Palavras para quê? A minha esperança é que o tratamento a que vai ser sujeito, qual laranja mecânica, lhe dê para perseguir políticos ou magistrados…

Mas que Saúde é esta?...


Antes do 25 de Abril quem ia a um hospital público tinha um atendimento miserável. Hoje, passados 36 anos (ena, tantos…), a coisa em nada melhorou. Pelo contrário. Quem corre aos bancos de urgência espera e desespera, como aconteceu a uma mãe do Seixal, que teve de fugir do Hospital Garcia de Orta, em Almada, para que o filho não lhe morresse nos braços.

Ângela Silva, de 40 anos, entrou com o filho, João, de 15 anos, nas urgências do Garcia de Orta porque o rapaz estava com um grave ataque de asma. Quando ali chegou passavam 50 minutos da meia-noite, ou seja, uma hora morta para os serviços hospitalares. Às 8.24 (pasme-se!), o João ainda não tinha sido atendido e o seu estado de saúde agravara-se consideravelmente.

Vendo o filho entre a vida e a morte e sem ninguém para o socorrer nas urgências de um hospital central, Ângela decidiu fugir dali e seguiu para o Centro de Saúde da Amora, onde João foi finalmente socorrido, tendo a crise sido debelada com recurso a broncodilatadores.

"Se não tivesse abandonado a urgência ele tinha lá ficado”, denuncia Ângela, que só saiu do Garcia de Orta quando soube que ainda estavam 15 doentes à frente do seu filho. Agora eu pergunto: 36 anos depois, isto ainda está assim? Será que a culpa é do Salazar?…

terça-feira, 9 de março de 2010

Este tipo tem cá uma lata...


A lata da chamada Esquerda caviar não tem limites – então não é que o presidenciável Manuel Alegre (esse mesmo, o tal que desertou e foi apelar à morte dos nossos soldados na Rádio Argel) teve a desfaçatez de ir a Nambuangongo prestar homenagem aos que ali caíram em combate?

Na província angolana do Bengo, o dito poeta disse estar “emocionado” na presença das sepulturas dos militares portugueses que ali caíram na defesa do território que estava então sob tutela da Bandeira Nacional.

Recorde-se que Alegre foi mobilizado para Angola no início da década de sessenta, tendo depois desertado e ido parar a Argel, onde aos microfones da chamada Voz da Liberdade apelava ao combate dos soldados portugueses que estavam destacados nas então colónias ultramarinas.

“Para muitos de nós, esta era uma guerra sem sentido, fora do tempo, muitos portugueses defendiam a independência de Angola e a democracia em Portugal, mas estavam aqui, defendiam a bandeira e cumpriam o seu papel", sublinhou Alegre em terras do Bengo.

Como é que é, senhor Manuel Alegre? Importa-se de repetir? “Estavam aqui e defendiam a Bandeira”? Sim, estavam ali e morriam por Portugal. Mas não era o seu caso de certeza. Você estava do outro lado da barricada. Lembra-se?...

sábado, 6 de março de 2010

Mas ninguém cala esta gaja?...


O imparável casal McCann – os tais que gostavam de vir para o Algarve com os very british amiguinhos do swinger – fez um pedido oficial ao Governo de Sua Majestade para que seja reaberto o caso Maddie, uma vez que chegaram à conclusão que a Polícia portuguesa ignorou duas mil (leram bem, duas mil) pistas que podiam ter conduzido à detecção da sua querida filha.

Não duvido nem por um segundo que a inocente Maddie tenha sido uma querida, mas as horas do dia não chegariam para catalogar o que penso de uns pais que drogam os filhos para irem dar azo aos seus instintos mais sórdidos e nojentos com amiguinhos de longa data.

Já se sabe que o libertinos McCann (amiguinhos, entre outros, do chefe do Governo britânico) têm uma lata do outro mundo. Depois de terem conseguido uma audiência com aquele santinho polaco para que lhes salvasse a filha (ou seria para participar nos jantarinhos?), acabam de passar mais um atestado de incompetência à Polícia portuguesa.

Pois bem. Os McCann conseguiram apurar que a Judite ignorou duas mil pistas durante a investigação (olha se tivessem sido 12 mil!), a mais relevante das quais será uma imagem de uma menina parecida com a infeliz Maddie que foi vista na… Nova Zelândia. Pois é, nesse país que fica exactamente nos antípodas do Algarve. Vá lá, podia ter sido em Marte, dirão vocês.

A verdade é que os McCann estão com um problema – o fundo doado para salvar Maddie (há papalvos para tudo…) tem um milhão de libras esterlinas para gastar com investigadores privados. E estes têm de fazer alguma coisa para justificar os honorários, certo? Nem que seja inventar para sossegar a consciência daquela senhora com trombinhas de Mary Jane…
Vivo num tempo…

… em que tudo mudou.


De mulheres-homens.

E homens-mulheres.

Pais ignoram os filhos.

Filhos ignoram os pais.

De poleiros com ratos.


Vivo num tempo…

… em que tudo mudou.


Miragem de Justiça.

Falsa Liberdade.

Miséria com fartura.

Nenhuma esperança.

Sem amanhã.


Vivo num tempo…

… em que tudo mudou.


Sem valores.

Segundos de glória.

Imagens efémeras.

Substância zero.

Nada absoluto.


… mas que tempo é este?...

quarta-feira, 3 de março de 2010

Libertem a "Tillikum"!


Representantes religiosos da maior, mais rica, mais culta, da única, enfim, superpotência mundial estão a exigir que a orca “Tillikum” – que afogou a sua tratadora – seja apedrejada até à morte, tal como preconiza a Bíblia.

Segundo os responsáveis da American Family Association (AFA), um importante grupo religioso com representação política no Congresso e nos todo-poderosos meios empresariais americanos, qualquer animal que mate seres humanos deve ser apedrejado até à morte, mas com uma ressalva – ninguém deve comer a sua carne depois. Ah, bom, nesse caso estamos mais descansados.

Recorde-se que “Tillikum” é uma das principais atracções do parque aquático Sea World de Orlando, Florida. Há uma semana afogou Dawn Brancheau, que era a sua tratadora.

Os iluminados da AFA, entre os quais se contam evangélicos da casta Bush, como Rumsfeld e outras biscas, ter-se-ão porventura esquecido que as orcas são animais selvagens, e que estes de vez em quando fazem nhac, nhac e comem pessoas, razão por que não devem estar em gaiolas, piscinas, ou seja lá o que for.

“Tillikum” nem sequer terá direito a uma câmara de gás, nem a uma injecção letal, nem tão-pouco à cadeira-eléctrica. Não, senhor. Vai ser mesmo à calhoada. Pimba! E sem julgamento. Mas pera aí ! Atão os gajos não foram para o Afeganistão para acabar com aquela coisa de os talibans se distraírem a atirar calhaus às gajas?

Hummm… e atirar calhaus a orcas vale? Bora invadir os states? Sei lá, foi só uma ideia… Libertem a “Tillikum”, porra!

terça-feira, 2 de março de 2010

Grande PT, nunca me enganaste...


Se um de nós for condenado ao pagamento de uma multa de 38 euros e não pagar o que sucede? Nada de mais, apenas uma penhora coerciva. Mas vejamos, se uma das nossas mega-empresas, como a PT por exemplo, for condenada a pagar uma coima de 38 milhões de euros o que acontece se não pagar? Nada, a multa é perdoada.

Pois é exactamente assim. A PT impediu que outros operadores de comunicações – casos da TVTel e da CaboVisão – tivessem acesso às suas condutas, o que contraria as leis da concorrência.

Em 2007, a PT levou pela medida grande – uma multa de 38 milhões por querer asfixiar concorrentes. A empresa não pagou e, contrariamente ao que acontece ao comum dos mortais, o caso não teve consequências. Ou melhor, teve, porque a dívida (que com os juros já andaria agora na casa dos 90 milhões) acaba de ser considerada nula pelo Tribunal de Comércio de Lisboa.

Eh pá, uma Justiça assim até dá gosto... mas compreende-se, os rapazes não podem ficar sem os sacos azuis. Se isto fosse para a frente como é que o Senhor Engenheiro poderia continuar a calar vozes incómodas? Era só o que faltava! E com o Senhor Engenheiro não se brinca. Mais nada.

Olha a novidade...


Um estudo agora divulgado revela que a maioria dos Portugueses considera que a insegurança aumentou durante o ano passado. Que grande novidade, sinceramente, pá, fiquei mesmo admirado…

Citado pela TSF, o estudo foi feito nos últimos meses de 2009 e levado a cabo entre 800 cidadãos nacionais, dos quais 55,5% são de opinião que há cada vez menos segurança e que as cidades piores são Faro, Viseu e as áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa.

O estudo não aponta causas para a crescente insegurança, mas eu atrevo-me a enumerá-las, porque todos as conhecemos – a nacional-bandalheira a que chegou a Justiça; a crescente despenalização dos prevaricadores porque, coitadinhos, são vítimas de uma sociedade malévola que não os compreende; e a terrível situação socioeconómica para que fomos arrastados pela crise e pela incompetência crescente das políticas seguidas pelo Bloco Central.

Feito o diagnóstico, segue-se a terapia (eu sempre gostei de brincar aos médicos…) – uma Justiça a sério, que castigue os criminosos e deixe de ignorar as vítimas; e um regime (sim, leram bem, um regime, que este já mete nojo) novo, que seja capaz de restituir dignidade aos Portugueses.

Até lá, tranquem-se em casa e esperem que os coitadinhos decorem o número da vossa porta…