sexta-feira, 29 de outubro de 2010

... e o burro sou eu?...


Nem tudo são más notícias em Portugal. Longe disso. Em Proença-a-Nova, por exemplo, os burros e as galinhas passaram a estar muito mais descansados desde que souberam que Jaime do Ó já era.

Expliquemo-nos. Jaime, um coveiro reformado de 70 anos, tinha o estranho hábito de importunar os bichos. Digamos que os deixava com um grande ó nas partes traseiras. Sabe-se que o vício foi adquirido durante os anos em que trabalhou em Lisboa, o que não admira, sabido que é que por ali abundam galinhas e burros, especialmente nas cercanias de São Bento. Como é terra de marinheiros de água doce, também não falta bicharada que confunde a proa com a ré.

Acontece porém que quando Jaime regressou à sua terra natal para gozar uma merecida reforma, as gentes locais, povo do interior, não acharam grande graça a tais artes de marinharia.

Em Proença-a-Nova, não havia bicho que escapasse ao senhor Ó, o que lhe valeu, inclusive, o apelido de Jaime Ovelha. O pior foi mesmo quando os galinheiros começaram a fechar, numa acção de protesto levada a cabo por galos enciumados por verem as suas galinhas com um andar novo.

Devido à falta de galinhas e reduzido aos burros, Jaime do Ó voltou-se para as velhinhas, tendo estado preso depois de ter sido apanhado a violar uma senhora de 90 anos.

Depois de sair da cadeia, Jaime optou, por uma questão de cautela, por se dedicar apenas aos burros. Ora acontece que um dos proprietários dos animais não achou graça nenhuma ao ver o seu bicho com a marca do Ó. Vai daí, decidiu aplicar-lhe a mesma receita,o que acabou por lhe causar a morte.

Moral da história: se o senhor Jaime tivesse ficado pela capital, teria levado uma reforma tranquila e continuaria a deixar a sua marca nos burros que por ali pastam e que muito apreciam a marca do Ó. Em vez disso, jaz agora em Proença-a-Nova e as galinhas cagam-lhe em cima.

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