quinta-feira, 29 de julho de 2010

Um País de cobardes


Este ano, por razões de ordem económica (maldita crise!...) e pessoais, prescindi da estadia que por norma passo no Algarve. Vim passar umas semanas a Lisboa, cidade que adoro desde que me conheço e que me traz à memória as longas temporadas passadas em casa da minha querida avó, na Ajuda, e os tempos em que vivi no Lumiar, durante a tropa.

Devido ao facto de os meus sogros residirem na marginal de Oeiras, a dois passos de Lisboa, venho aqui com alguma frequência, por razões óbvias. Creio que posso dizer que conheço relativamente bem a capital, desde Algés à Expo, do Rossio ao Campo Grande. Pelos motivos expostos, já passarinhei também por muitas das áreas circundantes da capital.

Vem tudo isto a propósito de não me acusarem de provinciano ou de saloio pelo que vou dizer. Lisboa é, sempre foi, uma cidade onde me habituei a ver muitos africanos. Na minha meninice, achava-lhes piada ao colorido, ao exotismo, mas também à educação e ao facto de serem gente trabalhadora.

Pois bem, os negros que eu conheci ou morreram ou estão velhos. Os que restam ou são filhos ou netos dessa gente que aprendi a respeitar como iguais. E o que resta, meus amigos, é porcaria. E porcaria aos montes. Gente mal-educada, intimidatória, agressiva e que, pasme-se!, recusa falar Português e fala crioulo entre si. Sinal de afirmação, dizem eles. Uma vergonha, digo eu. Por toda a Europa, nos Estados Unidos e na Austrália, ou seja no mundo civilizado, diferentes governos adoptaram uma medida muito simples - ou falam a língua do país que os acolheu ou rua. Acho bem. Quem está mal que se mude e vá para onde veio ou onde deseja ir.

Os bairros circundantes de Lisboa são um pavor. Em nenhum lado se esconde o ódio ao branco. Ao tuga, dizem eles. Violência e mais violência. Ali a Polícia não entra ou se entra é corrida a tiro. Nos comboios das linhas de Sintra e Cascais, a única forma de os passageiros se sentirem seguros é serem escoltados por agentes da Polícia de Intervenção. Nas praias o cenário é igual - multidões de negros na areia, Polícia de Choque nos acessos. Mas que País é este? Agora temos medo de pisar o que é nosso?

Este País chama-se Portugal. É branco e católico. Aqui fala-se Português. É assim que somos há 887 anos. Tudo o resto são convidados. E estes, como todos os convidados, têm de se portar na linha. Quem não o fizer, o caminho é muito simples - rua! E agora podem chamar-me racista à vontade. Ao menos digo em voz alta aquilo que todos pensam. Mas que raio de coisa! Se os indianos se portam bem, os chineses são impecáveis, os eslavos também, quem é que esta gentalha julga que é? Ponham-nos na ordem, porra!

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