quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Ai Nelinha, filha!


Anda toda a gente a saltar em cima (salvo seja…) da Nelinha Ferreira Leite porque a senhora decidiu pôr a boca no trombone (ó pá!...) e espalhar aos quatro ventos que o nosso país vai acabar como a Grécia.

Caiu o Carmo e a Trindade! Atão não é que a supertia teve o desplante de dizer que Portugal está a um passo da bancarrota. Ganda mentirosa a Nelinha, hein? O problema é que é mesmo aldrabona. Nós não estamos quase como a Grécia – estamos mesmo arruinados! Mas ainda ninguém percebeu isso?

Vamos lá ver. Claro que convém ao Governo e aos que comem com ele (leia-se Bloco Central e quejandos) dizer que somos capazes de respeitar os nossos compromissos financeiros, isto é, que vamos continuar a pagar o que devemos e que nos podem continuar a emprestar mais guito, de que precisamos como de pão para a boca para manter o nosso padrão de vida.

O problema é que os gajos que nos emprestam o guito já nos toparam e não há mais um cêntimo para ninguém, a não ser a taxas proibitivas. Quer dizer, não vai haver dinheirinho para o Orçamento de Estado. Trocado por miúdos – não há investimento e os salários da Função Pública que se cuidem. Tá bonito, tá.

Claro que quando isso suceder, ou seja, quando se fechar a torneira, vamos ter de viver com o que temos, que é muito pouquinho. Ora a Nelinha cometeu um dos seus habituais lapsus linguae – e disse uma meia-verdade. Não disse foi tudo, mas lá chegaremos.

Mas como foi possível entrarmos então no euro? Porque fizemos batota, ora! Mentimos no défice (todos os partidos deram o seu aval para a patranha…) e tivemos uma ajudinha do Deutchbank, que nos cobriu as costas porque os alemães não nos queriam deixar de fora e os franceses desviaram o olhar.

Lembram-se da trilogia Willy Brandt, Mário Soares e o mon ami Miterrand? Pois é, agora é um filme de terror… aguentem-se!

3 comentários:

  1. Ih jasus, na desmoralizes ó rapaiz, atã já tamos assim tão mal; cala-te lá! Atã num bês o pessoal aos fins de semana abalar prá casa da praia ou prós fins de semana no interior, nã tás a ver nada, e os carros novos aos montes (o mulherio agora só quer jeeps BMW e Mercedes) ah, tás enganado meu, totalmente, só tu e eu é que tamos mal, os outros safam-se bem...valha-me ó balham-nos!

    laura

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  2. Pois, pois, não tarda nada, mas mesmo nada,não há um tusto para ninguém.Novidade?Claro que não.Há já muito tempo que "vivemos" muito acima das nossas possibilidades mas a estupidez e o esbanjamento continua, vamos é ver até quando.Reformas para quem trabalhou uma vida inteira e deixou centenas de euros nos cofres do estado, creio bem que vai durar pouco tempo.Não tarda, temos a Seg.Social na falência e o people a gamar pa comer.Prespectivas de melhoras?ZEROOOO!!!...

    Oremos...Amen

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  3. O PEC e o TGV.
    Nunca fui Primeiro-Ministro, Ministro das Finanças ou Ministro da Economia. A minha experiência resume-se à economia doméstica.
    Faço parte daqueles que sempre concluiram que as obras faraónicas anunciadas por José Socrates
    nunca seriam viáveis porque um país que pouco produz, com uma taxa de desemprego altíssima, com fábricas a fecharem diariamente e com a mão de obra disponível a ter que emigrar como nos anos 60 porque em Portugal a partir dos 35 anos de idade, um desempregado já é velho para trabalhar, logo não gera receitas para o Estado.
    Confesso que fiquei surpreendido e até confuso quando soube que no âmbito do PEC, as ligações ferroviárias TGV Porto-Lisboa e Porto-Vigo ficariam suspensas por dois anos.
    Creio que o TGV em Portugal nunca será rentável
    porque o custo do bilhete Lisboa-Madrid será cinco vezes superior ao custo da tarifa aérea mas enfim, para José Socrates, não podemos ficar na cauda da Europa desenvolvida.
    O que eu não consigo entender é como é que sendo o Norte de Portugal o motor da exportação embora agora, como no resto do país, a crise seja geral, se suspenda a construção da ligaçao Porto-Vigo.
    No tempo do Salazar costumava-se dizer que o que era provisório passava a definitivo.
    E agora, será que o que é adiado passa a eterno ?
    Foi então por isto que decidi escrever neste blogue para propor aos nortenhos que façam uma petição ao Governo para que este reveja esta decisão.
    Fiquem então a saber como a ligação Porto-Vigo pode ser construída:
    - Extinguir a Comissão Nacional de Eleições que custa milhões e só funciona de quatro em quatro anos.
    - Reduzir os salários dos políticos, dos deputados, do Procurador Geral da República, do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, dos juizes do Tribunal Constitucional, do Governador do Banco de Portugal, as reformas chorudas, as subvenções políticas e os salários dos gestores públicos.
    - Reduzir o número de deputados, secretários de estado e chefes de gabinete.
    - Eliminar definitivamente os subsídios dados pelos governos socialistas, com dinheiro dos contribuintes, à Fundação Mário Soares e à Fundação da sua mulher.
    Muitos portugueses não sabem que até os emolumentos pagos pelos nossos emigrantes nos nossos Consulados são desviados para essas Fundações.
    - Eliminar as regalias vitalícias dos ex-
    -Presidentes da República. Somos um país com um Presidente da República mas temos que suportar quatro. Só a segurança das residências de Mário Soares custa anualmente 40.000 contos ao erário público.
    - Vender os submarinos porque não servem para nada.
    - Pôr fim aos empréstimos a países africanos ricos como o empréstimo recentemente feito a Angola no valor de 140 milhões de Euros.
    Verão que, tudo somado, dá e sobra para construir a ligação ferroviária TGV Porto-Vigo.

    Raul Silva

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