quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Sonho de uma noite de Verão


Vivo num País fantástico. No melhor País do Mundo. Chama-se Portugal e tem uma História fabulosa. Povo de mercadores e de comerciantes, Portugal arrecadou uma riqueza sem par. Primeiro na Índia, depois no Brasil e finalmente em África. Somos o País mais desenvolvido do Mundo. A seguir vem a Noruega, mas a grande distância.

Fazemos parte da União Europeia, onde ombreamos com países com uma dimensão geográfica e demográfica superiores, casos da Alemanha, da França, do Reino Unido, de Itália e dos nossos vizinhos espanhóis. Somos uma espécie de cofre-forte da Europa, um pouco à semelhança da Suíça, embora esta seja uma imagem pálida, pois aqui há muito mais reservas de ouro e monetárias.

Temos o melhor sistema de Saúde e de Educação do Mundo, a nossa Justiça é referenciada em todo o Mundo e as nossas Forças Armadas estão equipadas com o melhor que há. O índice de desemprego é de 4%, o que significa que só não trabalha quem não quer, mas mesmos estes têm direito a um salário do Estado para levar uma vida digna.

A reforma dos Portugueses é aos 55 anos. Em princípio não há casas particulares – são todas do Estado, que as cede mediante o pagamento de uma renda e que transitam para o arrendatário ao fim de 25 anos. O salário mínimo é de dois mil euros e a taxa de inflação é de 0%.

Todo este bem-estar é fruto de gerações de trabalho sério da classe política, que aliás é paga para fazer isso mesmo – gerir bem o dinheiro do contribuinte. São raríssimos os casos de corrupção e, quando detectados, são punidos de forma exemplar. Por isso é que o País funciona tão bem.

Bom, depois acordei. E percebi. Tinha sido um sonho e nem sequer era Verão. Estava mesmo um frio do caraças. Fui à janela e vi as pessoas na rua, com medo da chuva e do vento. Encolhi os ombros e voltei à realidade. Portugal, um País de bananas governado por sacanas. D. Carlos dixit. E com toda a razão.

1 comentário:

  1. Portugal ainda existe?!
    Então, respondam senhores políticos,porque tiraram o sorriso aos meus filhos?
    Eles só querem trabalhar.
    Digam-me a que porta tenho de bater para os ver felizes.
    Triste sorte a deles serem portugueses...

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