Vai uma voltinha?...

Algo está a mexer em Portugal – em Almada, o exemplo chegou por parte dos donos dos equipamentos de diversão. Encostados à cordas pela insensibilidade deste Governo, ameaçados de desemprego, os empresários andaram à pancada com as forças de segurança e correu sangue.

Para os empresários dos carrosséis, em cujas veias ainda corre sangue português, o que está em causa é mais uma atoarda socrática, que os obriga a pagar taxas draconianas lançadas há quatro meses e que retiram qualquer rentabilidade ao negócio.

Concentrados junto ao Instituto de Acreditação, em Almada, os empresários reuniram com representantes do Governo para se tentar chegar a uma solução consensual, o que não foi possível. Em desespero, entraram depois em confrontos com as forças de segurança da GNR enviadas pelos xerifes de Sócrates.

Aquilo que o Governo pretende é - à semelhança do que fez nos hotéis, nos cafés e nos restaurantes – que os empresários de diversões tenham os seus equipamentos conformes às normas da União Europeia, mesmo que isso custe fortunas incomportáveis para quem vive do seu trabalho e não dos sacos azuis da Banca.

Um decreto-lei em vigor há quatro meses obriga os empresários a pagar todas as taxas que a lei estipula antes de a inspecção ao local ser feita, mesmo que não garanta luz verde para o equipamento. Ou seja, paguem e depois ver-se-á…

Face à lei, os empresários de diversões dizem que não lhes resta outro caminho a não ser o desemprego para as duas mil pessoas que trabalham no sector. Pessoalmente, não acredito que Sócrates esteja muito preocupado. Mas cuidado, pode ser que um dia destes leve com um carrossel nas trombas.