Agora que o caso foi descoberto, o Vaticano, pela voz de Sua Santidade o Papa Bento XVI, diz que está “horrorizado” com os abusos contra 400 crianças irlandesas por 46 padres da Arquidiocese de Dublin. Pois é, agora estão todos muito revoltados, mas durante 30 anos estiveram calados como ratos.
Para o Sumo Pontífice (bah!, prefiro sumo de laranja…), o que se passou na Irlanda foram “crimes atrozes” e garante que está “constrangido e angustiado”. Pois é, senhor Papa, foi pena que tivesse sido a Comissão Murphy a denunciar o caso e não o Vaticano, que sabia de tudo há muito tempo.
De forma a que todos possam ser testemunhas do seu “constrangimento”, o Santo Padre até vai redigir uma carta sobre o assunto e tudo. Ena, vejam só! Viva o luxo, obrigadinho, dirão as crianças que durante tantos anos foram abusadas pelos padrecas coisa e tal.
A Comissão liderada pela juíza Yvonne Murphy concluiu que toda a hierarquia católica de Dublin sabia o que se passava e que optou por uma política de silêncio. Ora agora pergunto eu: sabendo como aquilo funciona, se os bispos sabiam o Vaticano desconhecia tudo?...
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