Antes do 25 de Abril quem ia a um hospital público tinha um atendimento miserável. Hoje, passados 36 anos (ena, tantos…), a coisa em nada melhorou. Pelo contrário. Quem corre aos bancos de urgência espera e desespera, como aconteceu a uma mãe do Seixal, que teve de fugir do Hospital Garcia de Orta, em Almada, para que o filho não lhe morresse nos braços.
Ângela Silva, de 40 anos, entrou com o filho, João, de 15 anos, nas urgências do Garcia de Orta porque o rapaz estava com um grave ataque de asma. Quando ali chegou passavam 50 minutos da meia-noite, ou seja, uma hora morta para os serviços hospitalares. Às 8.24 (pasme-se!), o João ainda não tinha sido atendido e o seu estado de saúde agravara-se consideravelmente.
Vendo o filho entre a vida e a morte e sem ninguém para o socorrer nas urgências de um hospital central, Ângela decidiu fugir dali e seguiu para o Centro de Saúde da Amora, onde João foi finalmente socorrido, tendo a crise sido debelada com recurso a broncodilatadores.
"Se não tivesse abandonado a urgência ele tinha lá ficado”, denuncia Ângela, que só saiu do Garcia de Orta quando soube que ainda estavam 15 doentes à frente do seu filho. Agora eu pergunto: 36 anos depois, isto ainda está assim? Será que a culpa é do Salazar?…
Jorge,não nos podemos remeter sómente aos serviços de urgência, mas de um modo geral, ao PÉSSIMO funcionamento dos Hospitais Públicos num todo.As urgências estão a rebentar pelas costuras.Os médicos têem de esperar para que vague um gabinete!Eu disse os médicos?Ah,desculpa,a meia dúzia de contratados porque os outros pôem-se ao fresco porque já são velhos demais para aguentarem uma urgência!!Os doentes são avaliados depressinha e mal, porque tem de seguir o próximo cliente.Falta de infra-estrutas,falta de devoção à profissão,e muita falta de humanidade por parte da classe médica(salvo raras excepções),são factores para que tudo corra mal num Hospital Público!Há situações que eu considero graves e que deviam ser denunciadas, embora todos saibamos que nada adiantaria pois comem todos da mesma gamela.Governo(INTOCÁVEL);Ordem dos Médicos(INTOCÁVEL).Não temos um Serviço de Saúde digno mas em contrapartida servimos um país afortunado em Elefantes Brancos!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderEliminar***Só porque falaste no Salazar(com jeitinho a culpa até será dele:),lembremo-nos que nessa época qualquer médico exercia Medicina por VOCAÇÃO e sem os meios técnicos de hoje!Actualmente,os novos Doc's exercem a profissão pelo guito e pelo prestigio. É vê-los a exibirem os estetoscópios nas cantinas e até quando vão à sanita!!!!!Quiçá os ditos não tenham também necessidade de defecar.Ah, o ridículo chegou ao ponto dos ditos cujos, agora terem corzinhas idiotas!!!Vai desde o azul-bebé, passa pelo rosa até ao convencional pretinho...Valha-me a santa petulância!
**Volto a reiterar:Não há regra sem excepção...
**Este tema dava pano para mangas...
Beijinho
Dava sim Soledade, dava para milhares de mangas e o pano jamais acabará!
ResponderEliminarDava porque quando vou ás urgências, poucas vezes, mas já lá estive como voluntária, ah, menina, nem te passa pela cabeça o que ali se sofre enquanto não nos atendem e medicam, só visto...
De resto tu sabes o que passas lá porque tu estás lá todos os dias e vês tudo!...
Jorge, é assim, e nada do que possamos dizer vai mudar nada porque quem manda não sabe mandar e quem não sabe mandar ainda tem muitos anos para reinar, logo, roguemos que não precisemos do raio do Hospital tão cedo, mas...
Como voluntária no Hospital aqui em Braga, assisti a muita merdice por parte de enfermeiras autoritárias, e, enfim, havia de tudo, xiça...pobre de quem lá está..
Um abraço da laura e o cafézinho fica para uma próxima vez.
Eu pergunto aos políticos do meu país se,por acaso, já foram com a Mãe inválida, à urgência de um hospital público.
ResponderEliminarJá foram? E que tal? Esperaram doze horas e pediram por favor, para a avisarem que lá fora estavam os filhos à espera?
E mendigaram que lhe levassem uma garrafa de água?
Pois eu já fui, várias vezes.
Tenho uma coisa a dizer.Na última vez, há três semanas, só esperámos quatro horas e deixaram-me estar sempre com a minha Mãe.
Agradeço à equipa médica desse dia ( 26 de Fevereiro ), em serviço no Hospital de S.João.
E ainda houve um pormenor.O médico que foi muito amável, tinha os olhos da cor dos do meu irmão mais novo e a minha Mãe fixou-o com ternura!
Espero não ter de voltar muitas mais vezes a uma urgência de hospital público.
Mas faço votos, se isso acontecer, só ter de esperar quatro horas e possa estar ao lado da minha Mãe, para não se sentir desamparada à espera de ser atendida.
Espero, também, que não se volte a ter notícas como esta.
Bjs
Paula estive para falar desse célebre dia em que estivemos(desculpa corrigir)12horas e meia à espera que a Mamã fosse atendida.Sim, IMPLORAMOS para que nos deixassem entrar pelo menos para lhe levar água!!!!
ResponderEliminarSoube pelo meu amigo dias mais tarde(acho que cheguei a contar-te),que estavam de urgência 6 médicos para cerca de 800 doentes!!!!Pergunto:Como é possível que um doente seja atentido rápida e eficientemente quando um serviço de Sáude funciona dessa forma?
Hoje,não se comprende porquê-ou será que se compreende-não deixarem na maior parte das vezes entrar acompanhantes mesmo que o doente seja idoso!!Escudam-se na desculpa da confusão que se gera na Urgência mas isso é desculpa esfarrapada, digo eu!Não convém ver-se a "porcaria" que lá se passa. A vergonha que é ter um doente,muitas vezes em estado grave horas deitado numa marquesa à espera da disponibilidade de algum Doc!!
O Jorge falou nas urgências,mas sabes tão bem quanto eu que o PÉSSIMO funcionamento não começa e acaba sómente ali.
Um político,ou um familiar, não espera,não é atendido por favor,não apanha infecções hospitalares,nem seria nunca corrido à força do hospital em estado grave,perdão,gravíssimo,só porque a sua cama estava a fazer falta para outro doente.
Hoje, estou MUITO desiludida com a classe médica.Muito admirada,com a competência,devoção,e TRABALHO bem árduo da classe de Enfermagem!!Esses sim,mereciam ser reconhecidos pelo seu enorme VALOR!
Bjos