quarta-feira, 5 de maio de 2010
Quero ser ministro das Finanças!
Confesso que ainda tinha uma vaga esperança que os nossos governantes (leia-se Bloco Central mais o CDS) ganhassem juízo. Erro meu. Pensam que a simples adopção do PEC vai ser a receita mágica para salvar o País da bancarrota. Ou melhor, pensam não. Estão é a fazer-nos de parvos, como é costume.
O PEC, em si, é uma mão-cheia de nada. Em menos de um fósforo, as agências de rating vão voltar à carga e condenar-nos à penúria. Ao nosso lado, solidária como sempre, teremos a orgulhosa Espanha. Ou não, pois os tipos são menos parvos que nós. O que é certo é que o barquinho da desgraça não vai andar só com a Grécia à deriva.
Mas eu, que sou um mãos-largas e não tenho licenciatura em Gestão, Mestrado em Economia ou um qualquer PHD, atrevo-me a dizer que faria melhor figura do que Teixeira dos Santos. Vejamos pois uma simples meia-dúzia de medidas que tomaria para não entrarmos no Titanic.
Primeiro: despedir 46.500 dos 47 mil motoristas da Função Pública. Desculpem lá o mau jeito, mas pouparia mil milhões de euros anuais ao erário público. Segundo: fim da palhaçada das mega-obras públicas. Leia-se Aeroporto de Lisboa e TGV. Poupança imediata: 10 mil milhões. Terceiro: tecto das reformas de dois mil euros, seja para quem for. Poupança anual: 1,4 mil milhões. Quarto: fim imediato do parasitismo dos subsídios: poupança anual de 2,5 mil milhões. Quinto: sindicâncias independentes aos ministérios e câmaras para acabar com o desperdício: poupança anual de 10 mil milhões. Sexto: obrigar os bancos a pagar o mesmo IRC que as restantes empresas. Mais-valia anual: três mil milhões.
Concluindo, caros amigos, com a adopção das medidas que proponho o Estado português pouparia qualquer coisa como 28 mil milhões de euros anuais. Ou seja, as nossas Finanças estariam mais do que saneadas, o défice seria controlado apenas num ano e a nossa dívida poderia inclusive começar a ser paga. Qualquer nabo vê isto. E por que é que estes gajos não conseguem? Ou não querem? Respondam vocês.
Ah!, é verdade. Sugiro ainda uma medida suplementar, porventura mais importante que todas as outras: importem tomates!
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Maria da Soledade
ResponderEliminarEstás de parabéns pelo novo blog.
Depois, podes estar a ver mal os grandes "sacrifácios" que os rapazes da governação fazem para conseguir erguer o país ao mais baixo nível da Europa. O que têm de nos extorquir para pagar tantas mordormias e bizarrias!
Ainda por cima o nosso primeiro acaba de dizer, que nem queria o lugar!
Vês, não podemos ser injustos para tamanha mediocridade que esses mártires ostentam!
Beijos
Daniel
Jorge Alves a Ministro das Finanças...JÁ!
ResponderEliminarTal como tu fizeste as continhas(tão bem feitas!),porque não as faz o Teixeira?Não convém,claro!Acabava-se a mama, ou melhor, as mamas, e enquanto não secarem de todo, vá-se mamando...
Quanto aos tomates não deviam precisar ser importados.Admira-me que "cá dentro" haja falta deles!!Tantos tomates jovens e a trabalharem...tão mal!!!
Beijos
PS:Danieeeeeelll, este blog é do Jorge Alves, meu irmão, e não meu, mas acredita:És muito bem recebido.Volta sempre...