
Anda toda a gente a saltar em cima (salvo seja…) da Nelinha Ferreira Leite porque a senhora decidiu pôr a boca no trombone (ó pá!...) e espalhar aos quatro ventos que o nosso país vai acabar como a Grécia.
Caiu o Carmo e a Trindade! Atão não é que a supertia teve o desplante de dizer que Portugal está a um passo da bancarrota. Ganda mentirosa a Nelinha, hein? O problema é que é mesmo aldrabona. Nós não estamos quase como a Grécia – estamos mesmo arruinados! Mas ainda ninguém percebeu isso?
Vamos lá ver. Claro que convém ao Governo e aos que comem com ele (leia-se Bloco Central e quejandos) dizer que somos capazes de respeitar os nossos compromissos financeiros, isto é, que vamos continuar a pagar o que devemos e que nos podem continuar a emprestar mais guito, de que precisamos como de pão para a boca para manter o nosso padrão de vida.
O problema é que os gajos que nos emprestam o guito já nos toparam e não há mais um cêntimo para ninguém, a não ser a taxas proibitivas. Quer dizer, não vai haver dinheirinho para o Orçamento de Estado. Trocado por miúdos – não há investimento e os salários da Função Pública que se cuidem. Tá bonito, tá.
Claro que quando isso suceder, ou seja, quando se fechar a torneira, vamos ter de viver com o que temos, que é muito pouquinho. Ora a Nelinha cometeu um dos seus habituais lapsus linguae – e disse uma meia-verdade. Não disse foi tudo, mas lá chegaremos.
Mas como foi possível entrarmos então no euro? Porque fizemos batota, ora! Mentimos no défice (todos os partidos deram o seu aval para a patranha…) e tivemos uma ajudinha do Deutchbank, que nos cobriu as costas porque os alemães não nos queriam deixar de fora e os franceses desviaram o olhar.
Lembram-se da trilogia Willy Brandt, Mário Soares e o mon ami Miterrand? Pois é, agora é um filme de terror… aguentem-se!