quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Toma lá que é para aprenderes!
O DIAP de Aveiro acaba de levar um valente puxão de orelhas do excelentíssimo presidente do Supremo Tribunal de Justiça, o senhor conselheiro Noronha Nascimento, que não perdoa àqueles juízes terem duvidado da palavra do LIDER (Louvável Ideólogo e Digníssimo Engenheiro do Reino) a propósito do caso Face Oculta.
Então os juízes aveirenses insistiam que as conversas do LIDER com Armando Vara deviam ser trazidas a público? Era só o que faltava! Líder é líder e sabe muito bem o que faz - Deus, Pátria e LIDER não se discutem. Assunto arrumado. Esteve mais uma vez muito bem o excelentíssimo presidente do Supremo na defesa dos Portugueses.
Atreverem-se a suspeitar do LIDER! Valha-nos Deus, ao que isto chegou…
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Afinal não é defeito - é feitio!
Ficámos todos a saber, através de um parecer da excelsa Ordem dos Médicos, que os homossexuais (gays, lésbicas e afins…) afinal não são doentes. Olha a novidade! Doentes somos nós que andamos aqui a gastar latim para ver se os gajos se devem ou não casar…
O que a Ordem dos Médicos decidiu foi qualquer coisa como isto – os senhores e as senhoras não são doentes, mas se pedirem ajuda aos psiquiatras por causa da sua orientação sexual estes não podem recusar tratá-los. Mas em que ficamos? Não são doentes mas afinal são?...
Sinceramente… isto já está a roçar os limites da paranóia. Não é preciso ir à China para se saber que os homos não são doentes e que se trata de uma mera opção sexual. Mas estão a querer provar o quê? Será que o próximo parecer visará declarar, preto no branco, que são uma espécie de raça superior?
Pronto!, não são doentes, coisa que já se sabia, e agora estão aptos a ter criancinhas. Depois destas virão decerto novas prerrogativas. Sei lá, qualquer coisa como “para se ser presidente da República é necessário ter 35 anos e ser gay”. Admirem-se! Quanto a mim, prefiro uma abordagem histórica e distante - gay é nome de aviãozinho que fez aquela porcaria em Hiroxima.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Vocês lembram-se?...
Lembro-me do tempo em que...
diziam não existir liberdade.
... e isso era mau!
Mas também me lembro do tempo em que...
um trabalhador não era um número.
Os velhos não temiam sair à rua.
Não havia desempregados.
Os criminosos eram castigados.
As escolas ensinavam.
Os avós morriam em casa.
Brincávamos ao ar livre.
Existia camada de ozono.
A fruta sabia a fruta.
Tomávamos banho no rio.
E também me lembro...
... que os políticos morriam pobres.
... e interrogo-me.
... Mas que liberdade é esta?
diziam não existir liberdade.
... e isso era mau!
Mas também me lembro do tempo em que...
um trabalhador não era um número.
Os velhos não temiam sair à rua.
Não havia desempregados.
Os criminosos eram castigados.
As escolas ensinavam.
Os avós morriam em casa.
Brincávamos ao ar livre.
Existia camada de ozono.
A fruta sabia a fruta.
Tomávamos banho no rio.
E também me lembro...
... que os políticos morriam pobres.
... e interrogo-me.
... Mas que liberdade é esta?
sábado, 26 de dezembro de 2009
Mas afinal quem é terrorista?...
Leio nos jornais que um nigeriano de 23 anos, de nome Abdul Farouk, tentou fazer explodir uma bomba a bordo de um avião comercial americano da companhia Delta Airlines, no qual seguiam 278 pessoas a bordo. Conclusão de toda a Comunicação Social do Ocidente - Farouk é um perigoso terrorista e deverá ser condenado como tal.
O acto de Farouk é condenável? Sim, sem dúvida, pois se o atentado tivesse resultado iria causar a morte de muitos inocentes. Mas e os milhares e milhares de mortos, mulheres e crianças incluídos, que todos os anos (desde 2003!...) as forças americanas provocam no Iraque e no Afeganistão não são actos terroristas? Não, isso são actos de guerra. Ponto final.
Com os seus países invadidos (leram bem, invadidos...) por potências estrangeiras, com os americanos à cabeça, os movimentos rebeldes não têm o direito de se defender? Não, porque são terroristas e não soldados. Ah!, muito bem, então deveriam vestir fardas e travar batalha em campo aberto? Com quê? Com espingardas contra porta-aviões?...
Atentem no seguinte exemplo - se vos aparecer um homenzarrão de 2,10 e 150 quilos a importunar a vossa família vocês vão enfrentá-lo cara a cara ou dar-lhe-ão uma valente mocada à sorrelfa na primeira oportunidade? Bom, eu escoheria a segunda opção, isto se quisesse ter uma hipótese no que considerava ser uma causa justa.
Dito isto desta maneira, até parece que simpatizo com a al-Qaeda, seja lá o que isso for, pois hoje em dia tudo é al-Qaeda desde que seja contrário aos interesses americanos. Então não concordas connosco? Então espera lá que já almoçaste - Guantánamo com ele! Ai então ainda respondes? Então toma lá meia dúzia de mísseis Tomahawk!
Pois é, meus amigos, uns são bonzinhos porque matam aos milhares e andam fardados; outros são terroristas porque respondem como podem e andam mal vestidos. Faz lembrar aquela - se um desgraçado fica com 10 euros que não são seus é um roubo, mas se um tipo de fatinho Armani se locupletar com 10 milhões é um desvio...
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Feliz Natal, meu querido
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Exemplo das Honduras
Esta criança tem 10 anos e mais coragem do que 99% dos ditos machos portugueses...
Natal só para alguns
Com dois milhões de excluídos, quase um milhão de desempregados, mais dois milhões com o credo na boca, à espera que o céu lhes caia em cima da cabeça, que Natal espera este ano os Portugueses?
Nunca a bandalheira foi tão grande num tão curto espaço de tempo. Em 98 tudo parecia possível – a Expo apresentava ao Mundo um Portugal moderno e pujante, onde o futuro parecia mais do que risonho. Apenas em 10 anos foi o descalabro. A crise explica tudo?
Aquilo que a Expo mostrou não passou de um espelho onde se reflectiam todas as vaidades da nossa tragicómica dicotomia política. Tudo estava por fazer e a triste realidade veio à tona – o país afundou-se mais depressa que um elefante num pântano.
E o pesadelo aí está. É impressionante andar na rua e ver as caras fechadas dos Portugueses. Já nem as crianças riem. Isso não impede, porém, que o regabofe continue – os capatazes mandam e nós obedecemos. Depois deles o dilúvio. Será assim?
Num país subsídio-dependente, onde a Justiça é uma farsa, a Educação uma rábula e a Saúde um drama, continuamos a ver a Economia nas mãos da Finança e a clique política entregue a esta, com fatos Armani, Ferraris e os iates de Vilamoura pagos pela banca.
Mas deixem lá, é Natal e ninguém leva a mal. Riam-se na nossa cara que um dia haveremos de rir-nos nós. Até lá, desejo que comam muitas rabanadas, bolo-rei, pão-de-ló e, já agora, façam-nos um favor – entalem-se com uma espinha do bacalhau!
Mais uma do Pinóquio...
José António Saraiva, director do “Sol” e um dos mais prestigiados jornalistas portugueses, garante que recebeu dois telefonemas, por parte de pessoas próximas do primeiro-ministro, dizendo que se não publicasse notícias sobre o caso Freeport todos os problemas do semanário se resolveriam.
Claro que o gabinete do SESE (Sua Excelência o Senhor Engenheiro) veio dizer que era tudo mentira, mais uma cabala para torpedear o fantástico trabalho que tem desenvolvido em prol de Portugal. E agora, em quem acreditar? Em José António Saraiva ou em José Sócrates?
Vejam as coisas assim – considerem por exemplo dois dirigentes africanos, Nelson Mandela e Robert Mugabe. Em quem acreditariam? E mais não digo…
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Torturado e exaurido
Carlos Cruz está a ser alvo de tortura psicológica, perseguido por uma Inquisição kafkiana que atropela os Direitos Humanos e está exaurido do ponto de vista psicológico e emocional. Quem o diz é o advogado do famoso apresentador, Ricardo Sá Fernandes, que o representa no famigerado escândalo Casa Pia.
Não sei se Carlos Cruz é culpado ou inocente. Não estava lá para ver. Mas tenho uma certeza – no fim, todos serão absolvidos, à excepção, claro, do desgraçado do Carlos Silvino, que será naturalmente crucificado. O seu principal crime? Vários – não pertence ao jet set, não é rico nem famoso.
Carlos Silvino, dito “Bibi”, é um ser humano execrável? Com certeza que sim. Mas é, também, uma vítima da sociedade que o pariu. Os jets que constam do escândalo são seres humanos execráveis? Não sei, mas vítimas da sociedade não são de certeza.
As únicas certezas que temos são estas – os miúdos que estavam à guarda do Estado e que foram abusados são hoje destroços humanos que foram indemnizados (100 mil euros por cabeça e mandados com Deus Nosso Senhor para Espanha e outras paragens…) e no final a nossa justiça (assim mesmo, com letra minúscula) vai dizer que foi tudo um equívoco.
Depois, tal como diz uma querida amiga minha (não é, Lita?…), esperem pelas brutais indemnizações que o Estado (isto é, nós) terá de pagar aos que estão a ser alvo de tortura psicológica e mais não sei quê…
Que nojo de país!
Não sei se Carlos Cruz é culpado ou inocente. Não estava lá para ver. Mas tenho uma certeza – no fim, todos serão absolvidos, à excepção, claro, do desgraçado do Carlos Silvino, que será naturalmente crucificado. O seu principal crime? Vários – não pertence ao jet set, não é rico nem famoso.
Carlos Silvino, dito “Bibi”, é um ser humano execrável? Com certeza que sim. Mas é, também, uma vítima da sociedade que o pariu. Os jets que constam do escândalo são seres humanos execráveis? Não sei, mas vítimas da sociedade não são de certeza.
As únicas certezas que temos são estas – os miúdos que estavam à guarda do Estado e que foram abusados são hoje destroços humanos que foram indemnizados (100 mil euros por cabeça e mandados com Deus Nosso Senhor para Espanha e outras paragens…) e no final a nossa justiça (assim mesmo, com letra minúscula) vai dizer que foi tudo um equívoco.
Depois, tal como diz uma querida amiga minha (não é, Lita?…), esperem pelas brutais indemnizações que o Estado (isto é, nós) terá de pagar aos que estão a ser alvo de tortura psicológica e mais não sei quê…
Que nojo de país!
domingo, 20 de dezembro de 2009
Ali Babá e os 40 ladrões
No resto do Mundo, os bancos vão à falência ou requerem intervenção estatal devido à crise financeira gerada pela ganância de uns quantos; por cá, as instituições são privatizadas porque pura e simplesmente foram roubadas por quem deveria zelar pelas mesmas. E tudo isto perante o espantoso silêncio (ou não…) do Banco de Portugal.
Sabe-se – não é segredo para ninguém – que o Banco Português de Negócios (BPN) vai ser nacionalizado porque tem um buraco de 700 milhões de euros, gerado sob a tutela de gestores e accionistas como Dias Loureiro, Arlindo de Carvalho, Oliveira e Costa, Amílcar Theias e Daniel Sanches. Há muito que se sabia que algo de muito pouco lícito se passava naquelas paragens.
Contudo – mais uma vez perante o silêncio do governador do Banco de Portugal -, não se achou minimamente estranho que o BPN chumbasse sucessivas auditorias que alertavam para múltiplas irregularidades. O banco preferiu optar por um auditor (a BDO) que fechou os olhos às falcatruas e enviou relatórios ao senhor doutor Vítor Constâncio que o mesmo deu como (muito) bons. Ainda bem que há alguém sempre disposto a assobiar e a olhar para o lado. Haja Deus (e, já agora, os mesmos ladrões de sempre no Poder, sejam do PS ou do PSD).
Roubar, em Portugal, não é defeito. É feitio. O que se torna aborrecido é que este pedaço de quintal mal amanhado se tenha tornado numa quinta privada dos senhores do PS e do PSD, que nos roubam despudoradamente. E isso já é chato. Pelo menos a mim incomoda-me, pois parte dos 700 milhões vai sair-me do bolso. Isto está a ficar muito mal frequentado. Um dia destes será preciso fazer uma limpeza. Depois admiram-se que o Salazar ganhe votações. Cuidado.
Até lá, estamos em crise. Será preciso poupar. Uma boa (diria mesmo excelente) medida seria que os senhores do PS e do PSD prescindissem do duche e optassem por umas banhocas de saliva em praça pública. Estariam a dar um exemplo ao país e a contribuir para o bem-estar dos portugueses. Pelo menos psicológico. Pensem nisso. Eu estarei na primeira fila.
Sabe-se – não é segredo para ninguém – que o Banco Português de Negócios (BPN) vai ser nacionalizado porque tem um buraco de 700 milhões de euros, gerado sob a tutela de gestores e accionistas como Dias Loureiro, Arlindo de Carvalho, Oliveira e Costa, Amílcar Theias e Daniel Sanches. Há muito que se sabia que algo de muito pouco lícito se passava naquelas paragens.
Contudo – mais uma vez perante o silêncio do governador do Banco de Portugal -, não se achou minimamente estranho que o BPN chumbasse sucessivas auditorias que alertavam para múltiplas irregularidades. O banco preferiu optar por um auditor (a BDO) que fechou os olhos às falcatruas e enviou relatórios ao senhor doutor Vítor Constâncio que o mesmo deu como (muito) bons. Ainda bem que há alguém sempre disposto a assobiar e a olhar para o lado. Haja Deus (e, já agora, os mesmos ladrões de sempre no Poder, sejam do PS ou do PSD).
Roubar, em Portugal, não é defeito. É feitio. O que se torna aborrecido é que este pedaço de quintal mal amanhado se tenha tornado numa quinta privada dos senhores do PS e do PSD, que nos roubam despudoradamente. E isso já é chato. Pelo menos a mim incomoda-me, pois parte dos 700 milhões vai sair-me do bolso. Isto está a ficar muito mal frequentado. Um dia destes será preciso fazer uma limpeza. Depois admiram-se que o Salazar ganhe votações. Cuidado.
Até lá, estamos em crise. Será preciso poupar. Uma boa (diria mesmo excelente) medida seria que os senhores do PS e do PSD prescindissem do duche e optassem por umas banhocas de saliva em praça pública. Estariam a dar um exemplo ao país e a contribuir para o bem-estar dos portugueses. Pelo menos psicológico. Pensem nisso. Eu estarei na primeira fila.
Macau? Quero lá saber de Macau...
"Não me parece que haja dúvidas que ainda temos muito a fazer para que possamos falar de um relançamento da presença portuguesa no Oriente, tirando partido das vantagens que Macau oferece" – a frase é do excelso Presidente da República Portuguesa, o senhor Professor Aníbal Cavaco Silva, a propósito do décimo aniversário da transferência para a China daquele território que ninguém conhece.
Senhor Presidente, todos sabemos que V.Exa nunca se engana e raramente tem dúvidas. Mas senhor Professor, pelo menos nesta quadra natalícia podia ao menos ter uma duvidazinha, vá lá, só uma… nem que seja a propósito das tão propaladas “vantagens que Macau oferece”…
V.Exa, economista eminente, porventura não ignora que por causa de Macau somos hoje obrigados a levar com seis mil lojas de chineses espalhadas pelo país. E que essas lojas geram uma facturação anual de 720 milhões de euros que vão parar direitinhos à China. E que não pagam um cêntimo de impostos, pois estão isentos. E que o retorno para Portugal é zero.
Senhor Professor, sabe que essas seis mil lojas obrigaram ao desemprego de 18 mil Portugueses no comércio tradicional? E que todos os produtos ali vendidos são comprados na China? E que houve centenas de fábricas têxteis que fecharam no Norte por causa disso? E que foram despedidas 50 mil pessoas? E que o Estado português gasta 816 milhões de euros por ano em subsídios por causa de Macau?
Eu acho que sabe, senhor Presidente. Tudo somado, são 1,5 mil milhões de euros por ano por causa de Macau. Ou seja, 1% do PIB, numa altura em que andamos a suar para crescermos 0,1% ou 0,2% ao ano. Sabe que mais, senhor Professor? Eu quero lá saber de Macau! Quero é saber dos Portugueses…
Senhor Presidente, todos sabemos que V.Exa nunca se engana e raramente tem dúvidas. Mas senhor Professor, pelo menos nesta quadra natalícia podia ao menos ter uma duvidazinha, vá lá, só uma… nem que seja a propósito das tão propaladas “vantagens que Macau oferece”…
V.Exa, economista eminente, porventura não ignora que por causa de Macau somos hoje obrigados a levar com seis mil lojas de chineses espalhadas pelo país. E que essas lojas geram uma facturação anual de 720 milhões de euros que vão parar direitinhos à China. E que não pagam um cêntimo de impostos, pois estão isentos. E que o retorno para Portugal é zero.
Senhor Professor, sabe que essas seis mil lojas obrigaram ao desemprego de 18 mil Portugueses no comércio tradicional? E que todos os produtos ali vendidos são comprados na China? E que houve centenas de fábricas têxteis que fecharam no Norte por causa disso? E que foram despedidas 50 mil pessoas? E que o Estado português gasta 816 milhões de euros por ano em subsídios por causa de Macau?
Eu acho que sabe, senhor Presidente. Tudo somado, são 1,5 mil milhões de euros por ano por causa de Macau. Ou seja, 1% do PIB, numa altura em que andamos a suar para crescermos 0,1% ou 0,2% ao ano. Sabe que mais, senhor Professor? Eu quero lá saber de Macau! Quero é saber dos Portugueses…
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sábado, 19 de dezembro de 2009
O Papa está bêbedo!
Podia ser um filme italiano ou os meus filhos a referirem-se a mim numa qualquer passagem de ano. Mas não, é mesmo assim: o Papa está bêbedo! Então Sr. Jorge Nuno, tão acérrimo defensor do Porto e agora vem dar razão a Lisboa, dizendo que perdemos a Air Race porque o Rui Rio não tem prestígio?...
Nunca fui à bola consigo, mesmo que o nosso clube seja o mesmo. Agora ainda menos. O senhor revela aquilo que já se sabia – uma falta de formação de bradar aos céus. Rir-se com a desgraça do Norte, valha-o Deus… e ainda por cima a enaltecer quem tanto nos prejudica. Muito bem, sim senhor… bravo!
Senhor Pinto da Costa, Papa ou lá o que é, tenha juízo que já tem boa idade para isso. Dedique-se ao futebol e a jogar xadrez com os seus peões dos SD, que é isso que sabe fazer, e deixe-se de atoardas que em nada o prestigiam. Ah!, e tome um chazinho que já não aguenta as bebidas do calor da noite…
Nunca fui à bola consigo, mesmo que o nosso clube seja o mesmo. Agora ainda menos. O senhor revela aquilo que já se sabia – uma falta de formação de bradar aos céus. Rir-se com a desgraça do Norte, valha-o Deus… e ainda por cima a enaltecer quem tanto nos prejudica. Muito bem, sim senhor… bravo!
Senhor Pinto da Costa, Papa ou lá o que é, tenha juízo que já tem boa idade para isso. Dedique-se ao futebol e a jogar xadrez com os seus peões dos SD, que é isso que sabe fazer, e deixe-se de atoardas que em nada o prestigiam. Ah!, e tome um chazinho que já não aguenta as bebidas do calor da noite…
A quadrilha
Primeiro que tudo, entendamo-nos. Nunca fiz parte de nenhum partido político e aquele que, até ao advento do guterrismo, sempre mereceu o meu voto foi o Socialista. Depois disso a minha opção foi sempre em branco. Passo a explicar porquê.
Fui jornalista durante mais de 20 anos no que era então um dos maiores órgãos de Comunicação Social da Imprensa portuguesa. Conheci, por via profissional, inúmeros políticos dos mais diversos quadrantes, com especial incidência no PS e no PSD, ontem, como hoje, partidos de Poder.
Sabia, digamos grosso modo, quem eram esses políticos e como viviam. Sei quem são e como vivem hoje. Semelhanças? Poucas ou nenhumas. Antes eram indivíduos com uma vida igual à sua e à minha que, fruto de mais ou menos talento oratório, se aventuraram na política. Agora são nababos palradores.
Conheci políticos de craveira moral e intelectual irrepreensíveis. Uns morreram, outros afastaram-se. Fizeram bem. Com aves de rapina não se convive. Deixaram um vazio que foi aproveitado por abutres que passaram directamente de opinion makers ao poleiro.
Com os céus livres, os abutres voam à vontade. É um fartar-vilanagem. Todos diferentes, todos iguais. Comeram-nos a carne e agora querem roer-nos os ossos. Quanto a vocês não sei. Da parte que me toca estou farto desta corja. Enjoado e enojado. Quando chegará o tempo, se é que chega, de dizer chega?...
Fui jornalista durante mais de 20 anos no que era então um dos maiores órgãos de Comunicação Social da Imprensa portuguesa. Conheci, por via profissional, inúmeros políticos dos mais diversos quadrantes, com especial incidência no PS e no PSD, ontem, como hoje, partidos de Poder.
Sabia, digamos grosso modo, quem eram esses políticos e como viviam. Sei quem são e como vivem hoje. Semelhanças? Poucas ou nenhumas. Antes eram indivíduos com uma vida igual à sua e à minha que, fruto de mais ou menos talento oratório, se aventuraram na política. Agora são nababos palradores.
Conheci políticos de craveira moral e intelectual irrepreensíveis. Uns morreram, outros afastaram-se. Fizeram bem. Com aves de rapina não se convive. Deixaram um vazio que foi aproveitado por abutres que passaram directamente de opinion makers ao poleiro.
Com os céus livres, os abutres voam à vontade. É um fartar-vilanagem. Todos diferentes, todos iguais. Comeram-nos a carne e agora querem roer-nos os ossos. Quanto a vocês não sei. Da parte que me toca estou farto desta corja. Enjoado e enojado. Quando chegará o tempo, se é que chega, de dizer chega?...
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Mas está tudo doido?...
Hoje acordei muito mais descansado. Liguei a televisão e pimba!, li os jornais e catrapimba! - Portugal (seja lá o que isso for…) não tem problemas graves para resolver ou discutir. O desemprego galopante, uma educação miserável e uma saúde de bradar aos céus são invenções da oposição ou vá-se lá saber de quem…
Não senhor, o que está a dar neste país é o casamento entre gajos e gajas que se chupam uns aos outros, perdão, entre homossexuais e lésbicas. A digníssima Plataforma Cidadania e Casamento – que engloba uma catrefada de políticos (olha a surpresa!...) – anda atarefadíssima a recolher assinaturas para um referendo segundo o qual, com a bênção do padre, possam ouvir “até que a morte vos separe”… lindo!, de ir às lágrimas, estamos todos muito comovidos.
Antes de mais, uma nota. Achava horrível quando os ditos-cujos ou as ditas-cujas eram apontados a dedo na rua antes do 25 do não sei quantos (enganaram-me bem com essa história…), mas daí a passarem uma certidão de óbito à Família vai uma diferença abissal, convenhamos.
Sou de opinião que cada um come o quer o e onde quer, mas senhores deputados, juízes e quejandos, guardem lá as hormonas (ou seja lá o que isso for…) sossegadinhas e dediquem-se ao que realmente interessa – resolvam os nossos problemas, tenham juizinho e depois disso desejo que tenham muitos meninos pela barriga das pernas...
Não senhor, o que está a dar neste país é o casamento entre gajos e gajas que se chupam uns aos outros, perdão, entre homossexuais e lésbicas. A digníssima Plataforma Cidadania e Casamento – que engloba uma catrefada de políticos (olha a surpresa!...) – anda atarefadíssima a recolher assinaturas para um referendo segundo o qual, com a bênção do padre, possam ouvir “até que a morte vos separe”… lindo!, de ir às lágrimas, estamos todos muito comovidos.
Antes de mais, uma nota. Achava horrível quando os ditos-cujos ou as ditas-cujas eram apontados a dedo na rua antes do 25 do não sei quantos (enganaram-me bem com essa história…), mas daí a passarem uma certidão de óbito à Família vai uma diferença abissal, convenhamos.
Sou de opinião que cada um come o quer o e onde quer, mas senhores deputados, juízes e quejandos, guardem lá as hormonas (ou seja lá o que isso for…) sossegadinhas e dediquem-se ao que realmente interessa – resolvam os nossos problemas, tenham juizinho e depois disso desejo que tenham muitos meninos pela barriga das pernas...
A intranquilidade do Rato
Aqui há uns anos, numa conversa em Berlim com um jornalista italiano do “Corriere della Sera”, questionava-me por que razão a Mafia nunca tinha decidido expandir-se para Portugal, como faz para outros quadrantes.
O meu interlocutor parecia não acreditar na legitimidade da minha dúvida e perguntou: “Então tu não sabes?”. Eu abanei a cabeça. “Não sabes mesmo?”. Voltei a fazer o mesmo. Ele esclareceu-me: “Mas que espaço é que a nossa Mafia ia ocupar se a vossa já tomou conta de tudo?...”.
Na altura aquilo soou-me quase a uma piada de mau gosto. Eu não era inocente, mas digamos que o meu aprendizado ainda ia a meio. Com o passar dos anos fiquei completamente convencido da veracidade das palavras do italiano.
Vem isto a propósito de uma das últimas atoardas do digníssimo e acima de toda a suspeita primeiro-ministro de Portugal, que se recusa a comentar o caso “Face Oculta” porque, segundo as palavras de José Sócrates, “não quero contribuir para uma sucessão de episódios que não têm dignidade nem contribuem para elevar a nossa vida pública”.
De facto, senhor primeiro-ministro, todos sabemos que o caso não tem qualquer dignidade. Já quanto à elevação da vida pública, estamos conversados - só se fosse para passar da cave ao rés-do-chão. Mas já agora, estando um amigo seu envolvido, não acha que seria de bom tom V.Exa esclarecer de uma vez por todas quem lhe paga para estar onde está, isto é, os portugueses?
Terá de ser o senhor procurador da República a divulgar as conversas que manteve com o seu amigo para, nas palavras de Pinto Monteiro, “esclarecer e acalmar o público?”. Não me parece, é tudo farinha do mesmo saco…
Que o público precisa de ser esclarecido, lá isso precisa. Mas está calmo, ao que tudo indica. Já o mesmo parece não suceder lá para os lados do Largo do Rato.
O Rato pode porém descansar – é que o digníssimo presidente do Supremo Tribunal de Justiça decidiu anular e destruir as escutas telefónicas, uma vez que estas serão “nulas e irrelevantes do ponto de vista criminal”… Boa, assim ficamos todos esclarecidos e muito mais calmos. Por que não haveríamos de estar? O regabofe continua...
O meu interlocutor parecia não acreditar na legitimidade da minha dúvida e perguntou: “Então tu não sabes?”. Eu abanei a cabeça. “Não sabes mesmo?”. Voltei a fazer o mesmo. Ele esclareceu-me: “Mas que espaço é que a nossa Mafia ia ocupar se a vossa já tomou conta de tudo?...”.
Na altura aquilo soou-me quase a uma piada de mau gosto. Eu não era inocente, mas digamos que o meu aprendizado ainda ia a meio. Com o passar dos anos fiquei completamente convencido da veracidade das palavras do italiano.
Vem isto a propósito de uma das últimas atoardas do digníssimo e acima de toda a suspeita primeiro-ministro de Portugal, que se recusa a comentar o caso “Face Oculta” porque, segundo as palavras de José Sócrates, “não quero contribuir para uma sucessão de episódios que não têm dignidade nem contribuem para elevar a nossa vida pública”.
De facto, senhor primeiro-ministro, todos sabemos que o caso não tem qualquer dignidade. Já quanto à elevação da vida pública, estamos conversados - só se fosse para passar da cave ao rés-do-chão. Mas já agora, estando um amigo seu envolvido, não acha que seria de bom tom V.Exa esclarecer de uma vez por todas quem lhe paga para estar onde está, isto é, os portugueses?
Terá de ser o senhor procurador da República a divulgar as conversas que manteve com o seu amigo para, nas palavras de Pinto Monteiro, “esclarecer e acalmar o público?”. Não me parece, é tudo farinha do mesmo saco…
Que o público precisa de ser esclarecido, lá isso precisa. Mas está calmo, ao que tudo indica. Já o mesmo parece não suceder lá para os lados do Largo do Rato.
O Rato pode porém descansar – é que o digníssimo presidente do Supremo Tribunal de Justiça decidiu anular e destruir as escutas telefónicas, uma vez que estas serão “nulas e irrelevantes do ponto de vista criminal”… Boa, assim ficamos todos esclarecidos e muito mais calmos. Por que não haveríamos de estar? O regabofe continua...
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Quando é que isto acaba?...
Vilipendiado, maltratado, desprezado, o povo do Norte acaba de receber mais uma bofetada – à socapa, tal como é típico dos cobardes, ficou sem uma das poucas referências que lhe restavam: a Air Race, roubada pelo suspeito do costume, Lisboa. O FCP que se acautele, um dia destes é levado para a ex-capital do ex-Império e transformado no Futebol Clube de Portugal.
Entendamo-nos. Nada tenho contra Lisboa e muito menos contra as lisboetas. Pelo contrário. Aquilo que me chateia a sério é o que se convencionou chamar Terreiro do Paço e a canalha que por ali habita. Depois de múltiplos golpes contra os que designam de “bimbos de lá de cima”, vieram agora, pela calada, espoliar-nos do que achavam que faltava à metrópole, a corrida da Red Bull.
Com o roubo descarado da Air Race não perdemos só a oportunidade de assistir a um belo espectáculo à borla, mas também receitas a jusante de 30 milhões de euros e o que constituía o mais importante veículo de propaganda para todo o Norte.
Este gesto de Lisboa – chamemos-lhe gesto para não ofendermos a progenitora da ex-capital, embora reste saber se tem progenitora… - jamais sucederia se existisse a regionalização, pois não seria tolerado. Infelizmente, os políticos que nos representam andam mais interessados em querelas partidárias.
O senhor primeiro-ministro veio há dias dizer que só haveria regionalização se os portugueses dessem o seu aval e se existissem pelo menos cinco regiões. Da parte que me toca, senhor José Sócrates, deixe-me dizer-lhe o seguinte: aqui não há lusitanos, mas sim celtas e galaicos; a minha bandeira é azul e branca; e aquilo que V.Exa diz vai parar directamente à parte mais esconsa da sanita.
Nós não queremos cinco regiões, mas uma – a nossa. O resto é problema dos ditos lusitanos. Mais: não estamos a pedir nada. Aquilo que queremos conquistamos, e se não for com palavras pois que o seja à bordoada. Quanto ao vosso último insulto, que se transforme na saliva com que fazem a barba, se é que a têm...
Entendamo-nos. Nada tenho contra Lisboa e muito menos contra as lisboetas. Pelo contrário. Aquilo que me chateia a sério é o que se convencionou chamar Terreiro do Paço e a canalha que por ali habita. Depois de múltiplos golpes contra os que designam de “bimbos de lá de cima”, vieram agora, pela calada, espoliar-nos do que achavam que faltava à metrópole, a corrida da Red Bull.
Com o roubo descarado da Air Race não perdemos só a oportunidade de assistir a um belo espectáculo à borla, mas também receitas a jusante de 30 milhões de euros e o que constituía o mais importante veículo de propaganda para todo o Norte.
Este gesto de Lisboa – chamemos-lhe gesto para não ofendermos a progenitora da ex-capital, embora reste saber se tem progenitora… - jamais sucederia se existisse a regionalização, pois não seria tolerado. Infelizmente, os políticos que nos representam andam mais interessados em querelas partidárias.
O senhor primeiro-ministro veio há dias dizer que só haveria regionalização se os portugueses dessem o seu aval e se existissem pelo menos cinco regiões. Da parte que me toca, senhor José Sócrates, deixe-me dizer-lhe o seguinte: aqui não há lusitanos, mas sim celtas e galaicos; a minha bandeira é azul e branca; e aquilo que V.Exa diz vai parar directamente à parte mais esconsa da sanita.
Nós não queremos cinco regiões, mas uma – a nossa. O resto é problema dos ditos lusitanos. Mais: não estamos a pedir nada. Aquilo que queremos conquistamos, e se não for com palavras pois que o seja à bordoada. Quanto ao vosso último insulto, que se transforme na saliva com que fazem a barba, se é que a têm...
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