
Sempre considerei que Portugal tem uma tendência mórbida para o fatalismo. Isto aplica-se em tudo, inclusive na política. Nos últimos 100 anos, o nosso País sofreu de dois cancros que não nos mataram, é verdade, mas deixaram feridas profundas a nível social. O primeiro foi Salazar; o segundo foi o Partido Comunista. Duas faces da mesma moeda. Um era corporativista-fascista; os outros são estalinistas.
De Salazar já se disse tudo, ou quase – consolidou a ditadura saída do 28 de Maio de 1926, condenou Portugal ao atraso sócio-económico e ao ostracismo internacional durante décadas, foi, enfim, o principal culpado desse crime sem nome que designamos por Guerra Colonial.
Quanto aos comunistas, doravante designados por estalinistas do PCP (porque é isso que eles são), foram responsáveis pelas nacionalizações, pela fuga dos investidores, pela defesa dos laxistas, taxistas, e demais chulos e preguiçosos que ainda hoje proliferam na sociedade Portuguesa, acolitados pelos aprendizes de feiticeiros saídos das fileiras do soarismo, do guterrismo e, nos nossos dias, do socratismo.
Os Portugueses queixam-se do desemprego? Primeiro, aprendam de vez uma coisa – não há mais empregos, mas sim trabalho! Dói, não é? Mas é assim mesmo. Empregos só na Função Pública, mas mesmos antes têm os dias contados, porque se quisermos sobreviver enquanto País teremos de despedir (assim mesmo, despedir…) pelo menos metade dos que não fazem nenhum.
Segundo, as medidas supostamente em defesa dos trabalhadores conquistadas(?) por comunistas e quejandos afugentaram os investidores. Quer dizer, sem patrõezinhos no money, no fun… É triste? Mas é a vida. Querem ficar com os postos de trabalho dos que nada fazem e com todas as regalias conquistadas? É fácil: vai tudo à falência. Ou melhor, o que resta…
Vem tudo isto a propósito da morte de José Saramago. Um grande escritor, sem dúvida, do melhor que temos e tivemos. Mas um homem execrável, como bom estalinista que era. Quando, em Abril de 74, foi alcandorado ao posto de director adjunto do “Diário de Notícias”, proclamou alto e bom som: “Quem não está com a Revolução, rua!”. Resultado, até as senhoras de limpeza tiveram processos disciplinares.
E depois fizeram-lhe um funeral lindo. Sim, senhor. Fiquei muito comovido. Estava lá toda a merda, perdão, toda a Esquerda que conduziu este País à ruína. E ficaram muito ofendidos pelo presidente da República não ter posto lá os pés. Tenham juízo, canalha! Ainda não perceberam que Portugal está farto dos vossas supostos ideiais, que mais não são do que a defesa de chulos e parasitas?...
Ainda não descobriram que o Povo Português já sabe que foram vocês, sim, vocês, que hipotecaram o futuro da nossa juventude? Enquanto uns (ainda) tentam evitar que Portugal se afunde no atoleiro em que caiu, os esquerdelhos insistem no despesismo, nos protestos, nos amanhãs que cantam, na defesa dos parasitas, dos marginais que traficam droga e levam aos 1.500 euros todos os meses para casa para que os filhos, coitadinhos, não passem necessidades.
E continuam a cantar: “Obrigado, Saramago!”. Mas obrigado porquê?...